A resposta da gestão Tarcísio sobre a reabertura do PS do Hospital de Cotia

A última esperança de boa parte da classe política da cidade para a reabertura do PS era a eleição de Tarcísio de Freitas, que chegou a receber título de cidadão cotiano; veja qual foi a resposta enviada ao Cotia e Cia

Pronto-Socorro do Hospital Regional de Cotia. Foto: Neto Rossi / Cotia e Cia 


REPORTAGEM: NETO ROSSI

O Pronto-Socorro (PS) do Hospital Regional de Cotia (HRC) vai completar dois anos com atendimento de portas fechadas. Ou seja, desde fevereiro de 2021, a unidade só atende casos graves e urgentes, e também pacientes que são transferidos ou encaminhados por ambulância.

Com isso, a demanda nas unidades de saúde do município ficou ainda mais sobrecarregada, já que pacientes que eventualmente precisam de atendimento médico pré-hospitalar devem procurar alguma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

A notícia sobre a mudança de atendimento no PS foi publicada em primeira mão pelo Cotia e Cia (RELEMBRE AQUI). Na ocasião, o governo de São Paulo explicou que a mudança ocorreu devido ao agravamento das infecções causadas pela Covid-19, já que o hospital tinha se tornado referência para casos da doença.

A Secretaria de Saúde de SP ainda disse que o hospital passou por referenciamento, conforme pactuado no início de 2021 pela pasta e secretarias municipais de Saúde em reunião da Comissão Intergestores Regional (CIR).

O encontro, de acordo com a secretaria, definiu a priorização de casos graves e urgentes em determinados prontos-socorros estaduais, como é o caso do Hospital de Cotia, e o direcionamento da demanda de quadros leves aos serviços da rede de saúde municipal.

MOBILIZAÇÃO DA CLASSE POLÍTICA DE COTIA

De lá para cá, políticos da cidade, principalmente vereadores, começaram a se mobilizar para tentar a reabertura do PS. Em abril de 2022, os parlamentares do Legislativo municipal chegaram a encaminhar um requerimento solicitando uma reunião com o secretário de Estado da Saúde de João Doria, Jeancarlo Gorinchteyn, para tratar do assunto.

De acordo com o documento, o objetivo da reunião seria para estabelecer um diálogo sobre a possibilidade de retorno da prestação do atendimento de urgência e emergência ao público em geral no PS.

Porém, tanto a gestão Doria quanto a gestão Garcia não voltaram atrás e mantiveram o PS atendendo de portas fechadas.

TARCÍSIO, A ÚLTIMA ESPERANÇA

A última esperança da classe política de Cotia seria então a candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que recebeu forte apoio no segundo turno, principalmente da Câmara. O então candidato ao governo de São Paulo chegou a visitar Cotia durante a campanha e foi aclamado pela maioria do Legislativo.


Nas sessões, os vereadores diziam que com Tarcísio haveria diálogo sobre várias demandas para o município, entre elas, a reabertura do Pronto-Socorro do Hospital de Cotia.

Dia em que Tarcísio fez campanha em Cotia. Foto: Reprodução


A RESPOSTA DA GESTÃO TARCÍSIO

Eleito governador de São Paulo, Tarcísio fez promessas para Cotia, entre elas, trazer o tão esperado metrô para a cidade.

Porém, sobre a reabertura do PS do Hospital de Cotia, a resposta da gestão Tarcísio ao Cotia e Cia não foi direta.

Em nota enviada nesta terça-feira (10), a Secretaria de Estado da Saúde, comandada por Eleuses Paiva, simplesmente se esquivou de responder sobre a reabertura do PS e adotou, literalmente, o mesmo posicionamento das gestões tucanas de Doria e Rodrigo Garcia, ou seja, o atendimento no PS continuará, por ora, do mesmo jeito. 

VEJA ABAIXO A  NOTA DO GOVERNO TARCÍSIO NA ÍNTEGRA

O Hospital Regional de Cotia passou por referenciamento, conforme pactuado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e secretarias municipais de Saúde em reunião da Comissão Intergestores Regional (CIR). O encontro definiu a priorização de casos graves e urgentes em determinados prontos-socorros estaduais, como é o caso da unidade, e o direcionamento da demanda de quadros leves aos serviços da rede de saúde municipal.

Esta forma de atendimento referenciada iniciou-se em fevereiro de 2021 e ocorreu de forma gradual, com orientação à população e diálogos com a rede municipal, até ser totalmente implementado em maio do mesmo ano. O modelo é previsto pelo SUS para hospitais de alta complexidade, altamente equipados e capacitados para atender especialidades como oncologia, cardiologia e traumas, que é o caso da unidade.

Além de manter hospitais e auxiliar a rede pública, a Secretaria também mantém uma estratégia especial de gestão de leitos hospitalares com suporte da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) para dar prioridade à internação de pacientes com quadros graves. O sistema da Cross online funciona 24 horas por dia e verifica vagas disponíveis em hospitais do SUS em SP para as transferências.
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