Asilo clandestino em Caucaia ficava em chácara usada para dar golpes de aluguel

Cotia e Cia levantou as documentações e constatou que a chácara, usada por Jarilânia Melo Assis para locações de festas e aniversários, fica no mesmo endereço onde funcionava, até esta quarta-feira (5), o asilo clandestino

Jarilânia Melo de Assis usava locação de chácara para aplicar golpes em clientes. Foto: Arquivo pessoal 


O imóvel onde funcionava, até esta quarta-feira (5), um asilo clandestino que mantinha 26 idosos sob condições de maus-tratos, era o mesmo usado para aplicar golpes de aluguel em clientes.

Cotia e Cia levantou as documentações e constatou que a chácara, usada por Jarilânia Melo Assis para locações de festas e aniversários, fica no mesmo endereço: Rua Angélia, 385, no condomínio Colonial Village, em Caucaia do Alto.

Entrada do imóvel localizado no condomínio Colonial Village. Foto enviada ao Cotia e Cia 



Na prática, Jarilânia oferecia a chácara para temporadas e festas, mas ao fechar contrato, pegava uma quantia em dinheiro, que seria da entrada, e bloqueava as pessoas de seu telefone e também do WhatsApp.

Segundo apurou Cotia e Cia, Jarilânia teria alugado o imóvel, em março de 2021, para Gerônima Dias Barbosa, que estava no local como espécie de caseira da chácara. Gerônima foi presa em flagrante nesta quarta-feira (5) por ser responsável pelas atividades ilegais do asilo.


LOCAÇÃO PROIBIDA PELA JUSTIÇA

Jarilânia alugava o imóvel mesmo proibida pela Justiça, desde 2017, sob pena de multa de R$ 10 mil. A decisão judicial aconteceu após inúmeras denúncias de moradores do condomínio Colonial Village.

Na época, a Associação dos Proprietários do Loteamento Colonial Village informou que Jarilânia, mesmo com liminar, continuou alugando a chácara, e a multa subiu para R$30 mil em 2018.

A sentença definitiva do processo foi deferida no dia 30 de março de 2020, onde o Juiz Diógenes Luiz de Almeida manteve a multa caso ela alugasse o imóvel. Ainda de acordo com a associação do condomínio, Jarilânia já acumula mais de R$500 mil por desobediência à ordem judicial.

Cotia e Cia não conseguiu fazer contato com Jarilânia.
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