Arsesp afirma que correção de 6,11% segue regras do novo contrato e que valor calculado ficou 15% menor do que seria antes da privatização
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| Foto: Governo de SP |
A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) afirmou nesta segunda-feira (1º) que o reajuste de 6,11% nas tarifas da Sabesp, válido a partir de janeiro de 2026, corresponde exclusivamente à reposição da inflação (IPCA) acumulada entre julho de 2024, início do novo contrato após a privatização, e outubro de 2025. Segundo o órgão, não houve aumento real para o consumidor.
A Arsesp também destacou que a tarifa de referência definida para a revisão ficou 15% abaixo do valor que seria aplicado caso a Sabesp ainda fosse estatal. Esta é a primeira deliberação tarifária da agência desde a desestatização da companhia.
De acordo com o diretor-presidente da Arsesp, Daniel Antonio Narzetti, o novo modelo regulatório foi seguido “rigorosamente”, reforçando, segundo ele, a importância de uma regulação forte, independente e transparente, pautada no equilíbrio contratual e na defesa do interesse público.
O governo do Estado informou ainda que, desde julho de 2024, a Sabesp investiu cerca de R$ 15 bilhões na expansão e melhoria da infraestrutura de saneamento nas áreas atendidas. Somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 10,4 bilhões (um aumento de 151% em relação ao mesmo período do ano anterior, ainda sob gestão estatal).
Apesar do volume maior de investimentos, a Arsesp reiterou que a tarifa calculada obedecendo ao novo modelo permaneceu inferior àquela que seria prevista antes da privatização.
