Governo Lula estuda tarifa zero no transporte público em todo o país

Atualmente, o modelo já é realidade em 136 municípios brasileiros; em Cotia, comissão para analisar proposta chegou a ser criada, mas não avançou

Cotia criou comissão para analisar proposta em abril deste ano. Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7) que o governo federal está realizando um estudo nacional sobre o transporte público para avaliar a possibilidade de implantar a tarifa zero em todos os municípios brasileiros.

Segundo o ministro, o levantamento atende a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e está sendo conduzido pela equipe econômica do Ministério da Fazenda.

A declaração foi feita durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Haddad explicou que a proposta busca entender o custo total do sistema, o volume de subsídios públicos, a participação das empresas via vale-transporte e o impacto direto no bolso do trabalhador.

“É um tema já antigo no Brasil. Nós sabemos que o transporte público, sobretudo o urbano, é uma questão importante para o trabalhador. Nesse momento, estamos fazendo uma radiografia do setor, a pedido do presidente. Temos vários estudos sendo recuperados pela Fazenda para verificar se existem formas mais adequadas de financiar o setor”, afirmou Haddad.

Haddad destacou ainda que o estudo pretende identificar gargalos e soluções tecnológicas capazes de tornar o sistema mais eficiente e sustentável, caso a gratuidade seja ampliada para todo o país.

Atualmente, o modelo de transporte gratuito já é realidade em 136 municípios brasileiros, a maioria de pequeno e médio porte. Em capitais como Brasília e São Paulo, a tarifa zero vale apenas aos domingos e feriados.

Em Cotia, o prefeito Welington Formiga (PDT) deu um passo na mesma direção ao criar uma comissão para analisar a viabilidade e a implantação do programa Tarifa Zero no transporte público municipal aos finais de semana. A medida, que chegou a ser publicada por meio de decreto em abril deste ano, ainda não saiu do papel.
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