Bares e distribuidoras em SP são interditados por suspeita de vender bebidas com metanol

Operações policiais e da Vigilância Sanitária resultaram em apreensão de milhares de garrafas e interdição de estabelecimentos em diferentes cidades do estado

Foto: Freepik

A crise causada pela contaminação de bebidas com metanol segue avançando em São Paulo e já levou ao fechamento de bares, adegas e distribuidoras em diversas cidades do estado.

Desde o fim de setembro, operações conjuntas da Polícia Civil, Polícia Militar e da Vigilância Sanitária resultaram em dezenas de ações de fiscalização, apreensões e interdições.

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Entre os estabelecimentos identificados, estão o bar Ministrão, nos Jardins, na capital paulista, e o Torres Bar, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, ambos interditados após suspeita de venda de bebidas adulteradas. Em São Bernardo do Campo, o bar Villa Jardim também foi alvo de interdição temporária.

Na cidade de Mogi das Cruzes, uma adega e distribuidora foi vistoriada e cerca de 80 garrafas foram apreendidas. Já no interior, em Americana, a Polícia Civil apreendeu mais de 17 mil garrafas em um depósito, além de efetuar prisões ligadas à comercialização irregular de bebidas.

As investigações também apontaram a existência de pelo menos quatro distribuidoras suspeitas de adulterar ou repassar produtos contaminados. Nessas ações, policiais apreenderam cerca de 50 mil garrafas e mais de 15 milhões de selos falsificados, utilizados para dar aparência de legalidade às bebidas.

De acordo com o Governo do Estado, até o momento três bares na Região Metropolitana foram interditados pela Vigilância Sanitária em caráter preventivo. O objetivo é impedir que novos casos de intoxicação ocorram, enquanto os lotes apreendidos passam por análise laboratorial.

O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e produtos químicos, mas altamente tóxico quando ingerido. Pode provocar cegueira, insuficiência renal, coma e até a morte. Nas últimas semanas, ao menos cinco pessoas morreram em São Paulo após consumir bebidas adulteradas.

As autoridades reforçam o alerta para que consumidores evitem a compra de bebidas em locais sem procedência confiável e denunciem suspeitas de irregularidades. As investigações seguem em andamento em diferentes municípios paulistas.
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