Em cada filhote, uma história. Em cada mãe, um mundo que se abre. Neste Dia das Mães, o parque se enche de vida
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Foto: Divulgação / Animália Park |
Na natureza, a maternidade se revela em múltiplas formas — instintiva, silenciosa, feroz ou delicada.
Em cada canto do reino animal, há um ritual de entrega: seja no ninho aquecido, no abrigo construído com paciência ou no olhar atento de quem vigia a cria com bravura.
No Animália Park, essa força ganha vida todos os dias, mas, neste ano, ela se manifestou de maneira ainda mais especial. A chegada de novos filhotes encheu o parque de emoção e significado.
O nascimento dessas espécies simboliza mais do que a renovação da vida: celebra a potência da maternidade na natureza e a beleza da diversidade genética.
Entre os galhos e trilhas da área dedicada à fauna brasileira, uma tamanduá-bandeira protagoniza uma das histórias mais inusitadas do parque: dois filhotes nascidos com apenas quatro dias de diferença, mas que são irmãos de mesma mãe.
Um fenômeno extremamente raro na natureza, conhecido como superfetação, em que uma fêmea já gestante pode ovular e ser fecundada novamente.
Quem caminha por lá pode se deparar com a imagem marcante: a mãe, de andar lento e elegante, carrega orgulhosamente seus dois filhotes nas costas.
Espécie nativa do Brasil, especialmente comum no cerrado, o tamanduá-bandeira pesa cerca de 40 kg, não possui dentes e alimenta-se exclusivamente de insetos, usando sua língua longa e pegajosa para capturá-los.
É um animal solitário, mas no período de cuidado materno revela um lado profundo de vínculo e proteção.
A pelagem acinzentada com faixas brancas nas laterais, as garras marcantes e o focinho alongado fazem dela uma presença imponente, mas é no gesto de carregar a cria que se revela toda a delicadeza e força da maternidade selvagem.
AVESTRUZ
E como se a natureza quisesse celebrar a maternidade em todas as suas formas, no final de abril foi a vez do maior de todos os pássaros anunciar sua chegada.
No dia 23 de abril, nasceu no Animália Park um filhote de avestruz, espécie originária das savanas africanas e conhecida por sua imponência: podem pesar até 130 quilos, alcançar velocidades de 80 km/h, com os machos cobertos por penas pretas e as fêmeas por tons acinzentados.
“Curiosamente, entre os avestruzes, a incubação dos ovos não é tarefa da fêmea, mas do macho, uma inversão que reforça a diversidade de papéis parentais na natureza. O recém-nascido, no entanto, veio ao mundo com a ajuda da equipe técnica, em incubadora e por isso ainda está sob cuidados especiais na clínica veterinária do parque, longe dos olhos do público”, explica a bióloga do Animália, Katia Cassaro.
Para garantir seu bem-estar emocional, o filhote tem companhia: um pequeno marreco, também nascido recentemente. Como essas aves sociais não costumam se desenvolver bem sozinhas, o Animália recriou a convivência natural entre “irmãos”. Enquanto cresce em segurança, o filhote de avestruz ensaia os primeiros passos de uma caminhada que um dia será veloz.
VEADO-CATINGUEIRO
Entre felinos, tamanduás e aves, também houve espaço para um nascimento mais discreto, porém igualmente simbólico: no dia 23 de março, um filhote de veado-catingueiro veio ao mundo dentro do aviário do Animália Park.
De hábitos calmos e presença quase silenciosa, essa espécie de cervídeo sul-americano, que pesa cerca de 15 kg, é conhecida por sua resiliência e adaptabilidade, capaz de viver tanto em áreas naturais quanto em ambientes modificados pelo ser humano.
Com pelagem que varia entre tons avermelhados e acinzentados, o veado-catingueiro possui ventre claro e comportamento predominantemente diurno e solitário, embora, vez ou outra, possa ser visto formando pequenos grupos.
No Animália, é possível observá-los em diversos recintos, onde transitam com leveza e discrição — como se fizessem parte da paisagem sem pedir licença, apenas pertencendo.
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Veado-catingueiro. Foto: Divulgação |
ZEBRAS
Na savana do Animália Park, a maternidade também corre livre. Cinco filhotes de zebra nasceram entre maio de 2024 e janeiro de 2025, crescendo sob os cuidados atentos de suas mães em grupos formados por machos, fêmeas e outros pequenos.
Extremamente sociáveis, as zebras vivem em grandes bandos, onde a proteção coletiva e a convivência harmoniosa garantem que cada filhote tenha espaço e segurança para explorar. Com seus corpos de cerca de 400 kg, movem-se com graça entre os demais habitantes africanos do recinto, formando um dos cenários mais vibrantes do parque.
Na savana do Animália Park, a maternidade também corre livre. Cinco filhotes de zebra nasceram entre maio de 2024 e janeiro de 2025, crescendo sob os cuidados atentos de suas mães em grupos formados por machos, fêmeas e outros pequenos.
Extremamente sociáveis, as zebras vivem em grandes bandos, onde a proteção coletiva e a convivência harmoniosa garantem que cada filhote tenha espaço e segurança para explorar. Com seus corpos de cerca de 400 kg, movem-se com graça entre os demais habitantes africanos do recinto, formando um dos cenários mais vibrantes do parque.
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Foto: Divulgação |
ANTA
Já no universo mais reservado das florestas brasileiras, foi o nascimento de uma anta que trouxe emoção aos visitantes. Conhecida como o “jardineiro da floresta”, por seu importante papel na dispersão de sementes, a anta é o maior mamífero terrestre do Brasil.
Após cerca de 400 dias de gestação, um único filhote nasceu no aviário em 29 de dezembro de 2024, exibindo sua coloração peculiar, repleta de listras e pintinhas que lembram uma melancia — uma camuflagem perfeita para os primeiros meses de vida. Solitária por natureza, a anta revela na maternidade um raro momento de partilha e conexão, onde o cuidado é silencioso, mas profundo.
Em cada filhote, uma história. Em cada mãe, um mundo que se abre. Neste Dia das Mães, o parque se enche de vida.
Já no universo mais reservado das florestas brasileiras, foi o nascimento de uma anta que trouxe emoção aos visitantes. Conhecida como o “jardineiro da floresta”, por seu importante papel na dispersão de sementes, a anta é o maior mamífero terrestre do Brasil.
Após cerca de 400 dias de gestação, um único filhote nasceu no aviário em 29 de dezembro de 2024, exibindo sua coloração peculiar, repleta de listras e pintinhas que lembram uma melancia — uma camuflagem perfeita para os primeiros meses de vida. Solitária por natureza, a anta revela na maternidade um raro momento de partilha e conexão, onde o cuidado é silencioso, mas profundo.
Em cada filhote, uma história. Em cada mãe, um mundo que se abre. Neste Dia das Mães, o parque se enche de vida.
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Foto: Divulgação |
Urso polar
No Aquário de São Paulo, pertencente ao mesmo grupo do Animália, a maternidade também fez história com o nascimento da Nur, a primeira filhote de urso polar da América Latina, um marco inédito em programas de conservação ex-situ. Filha de Aurora e Peregrino, ursos vindos da Rússia por meio de uma cooperação internacional com o Zoológico de Kazan, Nur nasceu no dia 17 de novembro de 2024 e hoje, com quase seis meses de vida, representa um símbolo de esperança para a espécie que mais sofre com os impactos das mudanças climáticas.
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Nur, a ursinha polar. Foto: Divulgação |