Lourivaldo tinha 35 anos, era estudante de educação física e deixa três filhos; corpo foi sepultado em Taboão da Serra, cidade em que morava
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Lourivaldo faria 36 anos neste domingo (11). Foto: Reprodução |
O corpo de Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, passageiro que morreu no metrô, foi sepultado no Cemitério da Saudade, em Taboão da Serra, na tarde desta quinta-feira (8).
O passageiro morreu nessa terça-feira (6), após ter ficado preso entre a porta da plataforma nº37 e a porta de acesso ao vagão na estação de metrô Campo Limpo, na Linha 5-Lilás do Metrô, localizada na zona sul de São Paulo e administrada pela ViaMobilidade.
Lourivaldo tinha 35 anos, era estudante de educação física e deixa três filhos, de 18, 4 e 3 anos. Ele faria aniversário no próximo domingo, 11 de maio.
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MINISTÉRIO PÚBLICO ABRE INQUÉRITO
A Promotoria de Justiça do Consumidor de São Paulo abriu um inquérito na quarta-feira (7) para apurar o acidente que matou Lourivaldo.
No documento, o Ministério Público afirma que o acidente "indica a existência de grave falha na segurança" e, por isso, "é necessário verificar as medidas de segurança empregadas na Linha 5 Lilás, de forma a preservar a integridade física e a vida das pessoas consumidoras".
O MP determina o prazo de cinco dias para que a ViaMobilidade e a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) prestem esclarecimentos.
A concessionária terá que enviar um relatório com informações sobre as circunstâncias do acidente, medidas adotadas após a ocorrência e suporte prestado à família da vítima.
Também deverá esclarecer os investimentos feitos em segurança e o histórico de acidentes anteriores.
Já ao governo do Estado, o relator pede dados sobre as medidas contratuais e legais adotadas por conta da ocorrência.
O que diz o governo
Em nota, a gestão Tarcísio prestou "condolências à família da vítima do acidente" e disse atuar "constantemente junto às concessionárias para otimizar a segurança dos passageiros".
"Além disso, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) abriu procedimento sancionatório para investigar o caso." Caso seja comprovada falha na operação, serão aplicadas sanções à concessionária.
O que diz a ViaMobilidade
A ViaMobilidade alega que passageiro tentou entrar no vagão após todos os alarmes visuais e sonoros e acabou ficando preso no espaço entre as portas do trem e da plataforma.
"A Linha 5-Lilás dispõe de um sistema, utilizado nacional e internacionalmente, de sensores de obstrução de portas para impedir que os trens partam com as portas abertas. No caso em questão, mesmo após os alarmes visuais e sonoros, ao tentar entrar no vagão, o passageiro acabou ficando no espaço entre o trem e a plataforma, onde não há sensores. Como tanto as portas de plataforma quanto as do vagão estavam fechadas, o trem partiu", diz a concessionária.