Polícia atualiza o caso da ex-modelo que foi carbonizada na cracolândia de Cotia

Uma mulher está presa e mais duas pessoas foram indiciadas por participação no crime; veja o que se sabe até o momento

Aline Laís Lopes, 34. Foto: Arquivo Pessoal 

As investigações sobre a morte de Aline Laís Lopes, de 34 anos, ainda estão em andamento. A ex-modelo foi estrangulada e teve o corpo carbonizado em seguida no prédio do antigo Cotia Hall, que virou uma cracolândia às margens da rodovia Raposo Tavares.


A Polícia Civil de Cotia colheu depoimentos de moradores do local frequentado por usuários de drogas, que confirmam a versão de que o crime foi arquitetado por Micheli de Andrade Ferraz, de 30 anos, também frequentadora do antigo Cotia Hall.

Prédio do antigo Cotia Hall, que hoje virou uma cracolândia bem às margens da Raposo Tavares, em Cotia. Foto: Anderson Fernades

Micheli, que foi transferida para a cadeia feminina de Barueri, é definida por eles como uma pessoa "cruel, maldosa", além de "bastante possessiva" em relação ao companheiro, Paulo Lamartine Pereira Alexandria, de 34 anos. A motivação, inclusive, seria o fato de que Aline, viciada em crack, estaria transando com Paulo em troca de mais droga.

Os outros indiciados são Igor Santos Moraes e a mulher trans de nome social Júlia. Segundo as investigações, Igor ocultou o corpo da vítima e Júlia participou diretamente da emboscada. Júlia foi indiciada por homicídio qualificado e Igor por ocultação de cadáver.

Para a delegada Mônica Gamboa, responsável pelo caso, a motivação do crime já está delineada. “Foi por ciúmes e inveja. Inveja porque a menina era bonita, e ciúmes do Paulo, que não teve participação no crime. O Paulo não acobertou a ação. Assim que ele ficou sabendo do crime, brigou com ela [Micheli], está sem falar com ela. A travesti segurou o braço da vítima e o rapaz levou o corpo carbonizado para a passarela. Ele achou que fosse um cachorro. Mas como ele iria ganhar as pedras de crack em troca, ele levou mesmo assim”, disse.

Por causa do estado em que o corpo foi encontrado, a identificação da vítima só foi possível por meio de exame de DNA. Aline foi enterrada nesta quarta-feira (1º). O local e a cidade não foram divulgados pela família. Ela morava numa casa com a mãe, o cunhado, o irmão e o filho dela, de 1 ano.
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