Indígena de 13 anos quer desenvolver jogos que deem visibilidade aos povos originários

Coluna Neto Rossi: Usar a tecnologia em benefício da luta dos povos indígenas. Esse é o objetivo de Sabrina Mindua, da comunidade indígena Tekoa Pyau. Mas, para realizar esse sonho, ela precisa de ajuda; veja como:

Sabrina Mindua, 13. Foto: Arquivo pessoal

Sabrina Mindua Silva Gonçalves, de 13 anos, mora na comunidade indígena Tekoa Pyau, localizada no Pico do Jaraguá, em São Paulo. Apesar da pouca idade, a consciência da importância da luta dos povos indígenas fez com que Sabrina tomasse uma iniciativa. Ela quer usar a tecnologia a seu favor, ou melhor, a favor da visibilidade de sua cultura.

A pequena indígena quer desenvolver jogos que possam ajudar na luta dos povos originários. Para isso, ela precisa fazer um curso na instituição de ensino Saga, a maior escola de arte digital e games do Brasil. Com duração de um ano, a parcela mensal do curso é de R$499.


Como não tem condições de arcar com a mensalidade, Sabrina está fazendo uma campanha de arrecadação coletiva na internet, por meio do site ‘Vakinha’ [VEJA AQUI]. Ela conta com a ajuda de todos para poder realizar esse sonho de usar a tecnologia em prol da luta social e cultural dos povos indígenas.

“Eu sonho alto e longe. Meu sonho é me formar desenvolvedora de games para dar um futuro melhor a minha mãe e a meus irmãos. Eu peço uma ajudinha de vocês para que eu possa realizar esse sonho. Imagina só eu ser a primeira indígena a ser desenvolvedora de games, fazer um jogo relacionado a nossa causa indígena e de um jeito diferente poder continuar essa luta do meu povo?!”, diz Sabrina na descrição da campanha no site.

A mãe da garota, Fátima de Oliveira Silva, disse à Coluna que sua filha ganhou uma oficina gratuita de desenvolver games, e foi esse o motivo que fez com que ela quisesse seguir adiante.

Sabrina Mindua com a sua mãe Fátima. Foto: Arquivo pessoal 


“Foi isso que fez ela se interessar mais no assunto. Ela, de alguma forma, quer ajudar a nossa luta, a luta do povo indígena, e na cabecinha dela, desenvolver um jogo direcionado a cultura e aos povos indígenas, iria ter muita visibilidade”, explicou.

Neto Rossi (@netorossi_1) é jornalista do Cotia e Cia e escreve nesta coluna
assuntos diversos sobre a cidade e a região.

 



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