Coral de crianças autistas de Cotia marca abertura de evento com Comitê Paralímpico Brasileiro

Coluna Neto Rossi: Prefeitura assinou um Acordo de Cooperação com o Comitê para promover e garantir a inclusão de pessoas com deficiência em atividades esportivas; coral é organizado pelo movimento ‘Mães e Pais que Lutam’; veja os detalhes na reportagem

Foto: Vagner Santos / Prefeitura de Cotia


Um grupo de crianças autistas, organizado pelo movimento independente ‘Mães e Pais que Lutam’, apresentou, pela primeira vez, o Coral ‘Prazer, eu sou a Luta’. A apresentação foi feita nesta quinta-feira (4), durante a abertura do Acordo de Cooperação com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que ocorreu no auditório da Prefeitura de Cotia.

O acordo visa a capacitação de profissionais de educação física da rede municipal por meio do curso ‘Movimento Paralímpico: Fundamentos Básicos do Esporte’. O objetivo desta parceria é promover e garantir a inclusão de pessoas com deficiência em atividades esportivas.

As crianças do coral são filhas das pessoas que organizam o Mães e Pais que Lutam. Segundo o movimento, a apresentação foi um marco muito importante.

“Tivemos 15 dias para ensaiar e apresentar na abertura do evento de hoje. Teve muito empenho das mãe e dos pais, mas principalmente das crianças que demonstraram afinidade com a música, se divertindo e mostrando que são muito capazes. Foi uma linda apresentação”, disse o grupo em mensagem enviada à Coluna. 

Foto: Vagner Santos / Prefeitura de Cotia


SOBRE O ACORDO

A parceria com o Comitê Paralímpico foi idealizada pela Secretaria de Direitos Humanos, Cidadania e da Mulher. Hoje acontece uma chancela de direitos humanos da maior importância”, disse a vice-prefeita e titular da pasta, Ângela Maluf.

Ela lembrou que estava em busca de novos projetos de inclusão e foi direcionada para o Comitê. “Estive em Barueri, com o Professor Carlinhos [Carlos Roberto, secretário das Pessoas com Deficiência de Barueri] e ele nos indicou o Comitê Paralímpico. Lá, fomos acolhidos e construímos este vínculo inquebrantável”, destacou.

As aulas serão à distância, com duração de 46 horas, divididas em 6 módulos que deverão ser cumpridos em até 60 dias. Não há limite de participantes e a Secretaria de Direitos Humanos, Cidadania e da Mulher, juntamente com outras Secretarias, coordenará a participação dos colaboradores de educação física no projeto.

O coordenador do programa de Educação Paralímpica do CPB, David Farias Costa, falou sobre a parceria com Cotia. “Estamos no movimento há anos e este evento nos inspira a trabalharmos para tornarmos o esporte acessível para todos”, disse. David esteve acompanhado do atleta paralímpico, Yohansson Nascimento, vice-presidente do CPB. “Aqui não é solenidade, é realização de sonhos”, disse Yohansson. “Faremos capacitação de professores, pois alunos com deficiência não querem ser liberados das aulas de educação física”, completou.

Comitê Paralímpico Brasileiro se prontificou a receber pelo menos 10 alunos para treinamento nas dependências do Centro Paralímpico da Rodovia dos Imigrantes. Atualmente, um atleta paralímpico treina no local, o jovem Gabriel Esplendor, que também é membro do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Cotia.

Neto Rossi (@netorossi_1) é jornalista do Cotia e Cia e escreve nesta coluna
assuntos diversos sobre a cidade e a região.

 


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