Hospital de Cotia é uma das unidades de referência no combate à varíola dos macacos

93 unidades em todo o estado darão retaguarda para os casos mais graves com necessidade de internação de pacientes; Cotia registrou 7 casos da doença; saiba mais

Hospital Regional de Cotia. Foto: Reprodução 


O Hospital Regional de Cotia será uma das 93 unidades estaduais de referência no combate à varíola dos macacos. O anúncio foi feito nessa quinta-feira (4) pelo governo de São Paulo, durante o lançamento da Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox. A ação terá a coordenação integrada da Secretaria de Estado da Saúde e a pasta de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde.


O plano de enfrentamento inclui a definição de 93 hospitais estaduais e de maternidades que serão referência e darão retaguarda para os casos mais graves com necessidade de internação de pacientes e leitos de isolamento ou Unidades de Terapia Intensiva. Também foram apresentadas as ações para ampliação do diagnóstico, vigilância e capacitação da rede de saúde pública e privada.

A rede de atendimento, além do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, maior centro de tratamento de doenças infectocontagiosas da América Latina, com unidades na capital paulista e no Guarujá, serão referência os hospitais universitários, como o Hospital das Clínicas da FMUSP e o HC de Ribeirão Preto.

Na região, o Hospital Geral de Carapicuíba, de Itapevi e Itapecerica da Serra também estão incluídos no plano de ação. Vale destacar, no entanto, que a porta de entrada são as Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Vigilância epidemiológica e capacitação dos profissionais de saúde

A rede também envolverá uma forte vigilância laboratorial e genômica da Monkeypox por laboratórios públicos e privados, sob o comando do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Instituto Adolfo Lutz, por meio de seu laboratório central na cidade de São Paulo e de suas 13 regionais localizadas no litoral e interior do Estado. O Lutz fará toda a vigilância genômica dos casos no Estado, acompanhando o comportamento da doença com a análise do vírus em circulação em SP.

A rede também irá credenciar outros laboratórios do Estado para a realização de exames de PCR em Tempo Real e RT-PCR para detecção do DNA do vírus. Uma resolução conjunta das duas Secretarias Estaduais será publicada com todas as normativas com os requisitos para o processamento das amostras. Desta rede farão parte o Instituto Butantan, os laboratórios universitários e privados.

As pastas também estão desenvolvendo protocolos e linhas de cuidado para diagnóstico e assistência em diferentes especialidades. As linhas de cuidados, que estão sendo formuladas com assessoria da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), serão disseminadas nas próximas semanas para todos os 645 municípios paulistas, por meio de “lives” e ações de capacitação.

Já foram realizadas pela Secretaria da Saúde três ações de capacitação e treinamento da rede, impactando cerca de 3 mil profissionais de saúde. Estas iniciativas serão intensificadas neste mês com a rede pública e privada as operações a partir deste mês em parceria com os municípios. Além disso, nove informes técnicos já foram distribuídos na rede com orientações aos municípios.

O Centro de Vigilância Epidemiológica do Governo de São Paulo também já instalou um serviço 0800, com médicos plantonistas 24 horas à disposição para orientar e esclarecer dúvidas dos profissionais de saúde das redes pública e privada sobre diagnóstico e manejo clínico dos pacientes infectados com o vírus da Monkeypox.

A Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox ainda terá uma sala de situação, já ativada. Denominada “Centro de Controle e Integração” (CCI), é formada por 24 especialistas de diferentes instituições, entre cientistas, epidemiologistas, virologistas, infectologistas e professores universitários.

O grupo terá a missão de assessorar as ações do Governo de São Paulo no enfrentamento do surto de Monkeypox, estudar e projetar os cenários epidemiológicos, propor medidas e identificar oportunidades para o desenvolvimento de vacinas e prospecção de tratamentos eficazes para combater a doença.

Também serão realizadas pela Rede ações de comunicação educativa para a população de todo o Estado de São Paulo, com foco em prevenção e na identificação de sinais e sintomas sugestivos de Monkeypox.


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