Quadrilha que usou 81 toneladas de cafeína para adulterar cocaína é alvo de operação

Polícia Civil cumpre mandados em cidades da região metropolitana e apura esquema que movimentou R$ 25 milhões

Foto: Governo de SP

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, na manhã desta quarta-feira (17), uma operação contra uma associação criminosa suspeita de utilizar grandes quantidades de cafeína para adulterar e ampliar a produção de cocaína. A ação ocorre na capital e em cidades da Grande São Paulo e tem como foco um esquema que movimentou cerca de R$ 25 milhões.

Ao todo, estão sendo cumpridos 31 mandados, sendo 27 de busca e apreensão e quatro de prisão temporária. Até o fim da manhã, duas pessoas haviam sido presas, uma em Santana de Parnaíba, na região metropolitana, e outra na zona oeste da capital.

As investigações são conduzidas pela 1ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) e tiveram início entre setembro e outubro, após a prisão de um homem em Guarulhos, na Grande São Paulo, com mais de meia tonelada de cafeína. A partir da apreensão, o trabalho de inteligência policial identificou que o produto era utilizado como insumo para o preparo e a adulteração de cocaína.

Segundo a Polícia Civil, o grupo adquiriu 81 toneladas de cafeína entre março de 2024 e outubro de 2025, ao custo de R$ 11,7 milhões. O esquema envolvia empresas fantasmas, com a atuação de sócios ocultos, para viabilizar a compra e a circulação do produto.

De acordo com as apurações, a mistura da cafeína com outros insumos e com o cloridrato de cocaína resultou na produção de pelo menos 320 toneladas da droga. Além de abastecer a capital paulista e cidades da Grande São Paulo, a cocaína também era distribuída para outros estados, como Paraná e Rio de Janeiro.

Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu 12 veículos, duas motocicletas, dinheiro em espécie, celulares e duas armas de fogo, sendo uma metralhadora e uma pistola.

A operação conta com apoio de outras unidades da Dise e de equipes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope). O caso será registrado na 1ª Dise como tráfico de drogas e associação criminosa.
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