Justiça afasta guarda de Jandira acusado de tortura durante abordagem

Segundo o MP, guarda estava fardado e em serviço quando agrediu fisicamente e ameaçou pelo menos cinco pessoas

Foto: Prefeitura de Jandira 

O Juízo da 2ª Vara da Comarca de Jandira recebeu, na última quarta-feira (8), denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra um guarda civil municipal acusado de torturar cidadãos já rendidos durante uma abordagem.

O agente foi afastado cautelarmente das funções e teve o porte de arma suspenso por decisão judicial.

De acordo com a denúncia formulada pelo promotor de Justiça Diego Goulart, o guarda estava fardado e em serviço quando agrediu fisicamente e ameaçou pelo menos cinco pessoas.

As agressões foram registradas em vídeo amplamente divulgado pela imprensa e confirmadas por meio de provas técnicas, declarações da corporação e um procedimento administrativo disciplinar instaurado pela própria Guarda Civil Municipal.

Ainda segundo o Ministério Público, o agente contou com o apoio de outros integrantes da corporação durante as ações.

O afastamento, segundo Goulart, busca preservar a ordem pública, evitar novas ocorrências e garantir a segurança das vítimas e testemunhas, permitindo que participem do processo “sem receio de represálias”.

O MPSP também solicitou que, em caso de condenação, o guarda perca definitivamente o cargo público e seja proibido de exercer função semelhante pelo dobro do tempo da pena aplicada.

O caso segue sob investigação judicial.
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