Base contará ainda com radares e equipamentos capazes de identificar e atingir aviões a velocidades de até 2.880 km/h, drones, helicópteros, mísseis e bombas
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Foto: Comando Militar do Sudeste |
Jundiaí, no interior de São Paulo, foi escolhida como a nova base central da defesa antiaérea do Exército Brasileiro. A cidade, localizada próxima à capital e a importantes rodovias, abrigará o 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (12º GAAAe), responsável por operar sistemas capazes de atingir alvos a até 15 km de altura e 60 km de distância.
O projeto integra o programa Força 40, que prevê a modernização do Exército até 2039, incluindo a implantação do primeiro sistema de defesa antiaérea de média altitude do país. Além dos mísseis, a base contará com radares e equipamentos capazes de identificar e atingir aviões a velocidades de até 2.880 km/h, drones, helicópteros, mísseis e bombas, com detecção a distâncias superiores a 150 km.
Em 15 de julho deste ano, o Exército transformou o 12º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), localizado em Jundiaí, no 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe). À época, a instituição garantiu que os serviços regionais continuariam ativos, preservando os 105 anos de história do tradicional Grupo Barão de Jundiahy.
Segundo o general de brigada Marcos José Martins Coelho, comandante da Defesa Antiaérea, a escolha de Jundiaí se deve à facilidade logística para deslocamento de equipamentos pesados por rodovia e mar. “Conseguiríamos levar esse equipamento em até três horas ao porto de Santos e embarcá-lo rapidamente para várias regiões do país”, explicou.
O novo sistema permitirá a defesa de áreas estratégicas, como a Grande São Paulo, Campinas e Sorocaba, e será fundamental para proteger estruturas críticas, incluindo aeroportos, portos e bases militares.
O Exército já analisa propostas de fabricantes da Alemanha, França, Itália, Israel, Turquia e Estados Unidos para definir o modelo de armamento. Entre os sistemas em avaliação estão o IRIS-T SLM e o Aster SAMP/T. Segundo o general Coelho, “a defesa antiaérea passou a ser essencial”, especialmente diante de conflitos internacionais recentes, como os da Ucrânia e da Faixa de Gaza.
O projeto prevê ainda a instalação de radares, treinamento de militares e possibilidade de expansão para outros estados, consolidando a estratégia de proteção das regiões mais estratégicas do Brasil.