“Veneno no copo”: Estado emite alerta sobre intoxicação por metanol; veja os sintomas

Substância tóxica presente em bebidas adulteradas já causou três mortes em SP e pode levar à cegueira permanente

Foto: Governo de SP

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo emitiu um alerta aos profissionais da rede pública e privada sobre o risco de intoxicação por metanol presente em bebidas alcoólicas adulteradas ou de origem clandestina. A substância, altamente tóxica, pode causar desde sintomas gastrointestinais e visuais até cegueira irreversível e óbito.

Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e o Centro de Vigilância Sanitária (CVS), os sinais de intoxicação aparecem geralmente entre 6 e 24 horas após o consumo. Entre eles estão sonolência, tontura, dor abdominal, náuseas, vômitos, confusão mental, taquicardia, visão turva, sensibilidade à luz, convulsões e acidose metabólica. Nos quadros mais graves, pode haver insuficiência renal, choque e comprometimento neurológico.

Orientações aos profissionais de saúde

A recomendação é que qualquer paciente com sintomas incomuns após ingestão de bebidas seja avaliado imediatamente, com exames laboratoriais e oftalmológicos. Casos suspeitos devem ser notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e comunicados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), para investigação e acompanhamento.

Para apoiar o manejo clínico, o CVS mantém os Centros de Assistência Toxicológica (CiaTox), que oferecem suporte técnico especializado. Os contatos estão disponíveis no portal da Secretaria da Saúde (www.saude.sp.gov.br).

Balanço de casos

Desde junho, São Paulo já registrou seis casos confirmados de intoxicação por metanol relacionados a suspeita de bebidas adulteradas. Outros dez estão sob investigação, sendo que três resultaram em morte: um homem de 58 anos, em São Bernardo do Campo; outro de 54 anos, na capital; e um terceiro, de 45 anos, ainda com local de residência em apuração. Um caso foi descartado.

Recomendação à população

O CVS reforça que bares, distribuidoras e demais estabelecimentos devem redobrar a atenção à procedência dos produtos comercializados. Já a população deve optar exclusivamente por bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando riscos que podem levar à intoxicação grave ou até à morte.
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