Intoxicação por metanol já causa 3 mortes e 10 casos seguem em investigação em SP

Fiscalização apreende 117 garrafas de bebidas sem procedência em bares da capital paulista; ação é intensificada em todo o Estado

Foto: Governo de SP

A suspeita de intoxicação por consumo de bebidas adulteradas com metanol já resultou em três mortes confirmadas em São Paulo e outros dez casos permanecem em investigação, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). As ocorrências foram registradas desde junho deste ano.

As secretarias da Saúde e da Segurança Pública, em parceria com o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e a Vigilância em Saúde do Município de São Paulo (Covisa), realizaram nesta segunda-feira (29) ações de fiscalização em bares e adegas nas regiões dos Jardins e da Mooca, na capital. Os estabelecimentos estão entre os suspeitos de comercializar bebidas adulteradas.

Durante a operação, foram apreendidas 117 garrafas sem rótulo e sem comprovação de procedência, que serão encaminhadas ao Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica. Dois dos três locais fiscalizados foram autuados por irregularidades sanitárias.

Balanço dos casos

Entre os casos confirmados de intoxicação, três resultaram em óbito: um homem de 58 anos em São Bernardo do Campo, outro de 54 anos na capital e um terceiro, de 45 anos, com local de residência ainda em investigação. Outros seis casos foram confirmados, um foi descartado e dez seguem em análise.

Intensificação das fiscalizações

As inspeções em comércios de bebidas e alimentos são rotineiras, mas têm sido ampliadas diante do risco. Apenas em setembro, mais de 43 mil ações de fiscalização foram realizadas nos 645 municípios paulistas, abrangendo bares, restaurantes, adegas e distribuidoras.

Recomendações

O Centro de Vigilância Sanitária alerta que o consumo de bebidas alcoólicas de origem clandestina representa grave risco à saúde, já que produtos sem procedência confiável podem conter substâncias tóxicas.

A orientação é que consumidores adquiram apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal. Já os comerciantes devem redobrar os cuidados com a procedência dos produtos, de forma a prevenir novos casos de intoxicação que podem colocar vidas em risco.
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