Grande SP registra menor nível de água desde a crise hídrica de 2015

Volume de água armazenado chega a 40,1%; previsão é de inverno seco, mas autoridades garantem abastecimento seguro

Foto: Agência Brasil 

Os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo registraram em agosto o nível mais baixo desde a crise hídrica de 2014-2015. Nesta segunda-feira (18), a média dos sete sistemas foi de 40,1% da capacidade, segundo dados da Sabesp. No auge da escassez de 2015, o índice havia chegado a 11,4%.

A queda nos mananciais é contínua: em 2023, o volume estava em 72,5%; em 2024, caiu para 59,6%; e, neste ano, alcançou 40,1%. O Cantareira, maior reservatório da região, opera com 37,3%. Outros sistemas apresentam níveis críticos, como Rio Claro (27%) e Alto Tietê (32,1%).

As previsões apontam que agosto será um dos meses mais secos dos últimos anos, e a chuva só deve retornar no fim de setembro, com a primavera. Assim, o nível dos reservatórios deve continuar caindo gradualmente.

Apesar do cenário, a Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) e a Sabesp afirmam que não há risco de uma nova crise de abastecimento. Desde 2015, investimentos como a interligação dos sete sistemas — Cantareira, Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço — e obras de transferência de água em períodos de estiagem reforçam a segurança hídrica.

Mesmo assim, governo e técnicos reforçam a necessidade do consumo consciente. “Embora não haja risco iminente de desabastecimento, o momento reforça a importância do uso consciente da água”, afirmou a Semil em nota.

Nível dos sistemas em 18 de agosto:

Cantareira – 37,3%
Alto Tietê – 32,1%
Guarapiranga – 57,5%
Cotia – 62,7%
Rio Grande – 61,3%
Rio Claro – 27%
São Lourenço – 60%

Volume total armazenado: 40,1%
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