MPSP ainda pediu indenização de R$ 100 mil para a família; caso ocorreu em Barueri, no dia 12 de junho
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Larissa Manoela foi morta pelo padrasto em Barueri. Foto: Reprodução / Redes Sociais |
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) informou que o homem acusado de matar a enteada, de apenas 10 anos, com 16 facadas em Barueri responderá por feminicídio qualificado por meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O MPSP também pediu que seja paga uma indenização de R$ 100 mil à família de Larissa Manuela. Oferecida pelo promotor Vitor Petri, a denúncia foi aceita pela 2ª Vara Criminal nesta terça-feira (22).
O valor deve ser pago pelo padrasto, Diego Antonio Sanches Magalhães, réu confesso do crime, ao pais e ao irmão de Larissa Manuela. Segundo o MPSP, o homem trabalhou normalmente após o ataque e fingiu surpresa no momento em que o corpo da vítima foi encontrado pela mulher.
Ainda de acordo com a promotoria, a Justiça determinou a realização de exame de sanidade mental no investigado após alegações de problemas psicológicos e notícia de tentativa de suicídio.
RELEMBRE O CASO
Diego confessou em depoimento à Polícia Civil que matou a criança após ter sido chamado de "corno". De acordo com o seu relato, ao perguntar sobre Adenúzia Silva, mãe de Larissa, ela disse que a mulher havia saído, mas não mencionou se tinha sido acompanhada de um homem ou não.
Segundo ele, em determinado momento Larissa disse: “Você é corno”. Diego confessa que, ao ouvir a frase, perdeu a cabeça, puxou Larissa da cama e a jogou no chão. Em seguida, ele diz que pegou uma faca na cozinha e esfaqueou a menina diversas vezes.
Diego ainda afirmou que quando praticou o crime não estava sob efeito de álcool ou qualquer outro tipo de substância entorpecente.
Durante as investigações, a mãe da criança, Adenúzia Silva, relatou aos policiais que saiu de casa para trabalhar por volta das 6h e que a filha iria para a escola no período da tarde.
Por fim, Adenúzia relatou que o genitor de Larissa era muito agressivo tanto com ela quanto com a filha, a qual, inclusive, possuía uma medida protetiva preventiva contra ele.