O Deic descartou, por ora, uma ação articulada pelo crime organizado; pelo menos dez ônibus municipais já foram alvos de ataques em Cotia
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Foto: SSP |
O diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, Ronaldo Sayeg, afirmou, nesta quinta-feira (3), que a onda de ataques a ônibus na capital e em cidades da região metropolitana e do litoral paulista pode estar sendo organizada por adolescentes e jovens motivados por desafios propostos em redes sociais. A hipótese é a principal linha de investigação da polícia, que descartou, por ora, uma ação articulada pelo crime organizado.
“Temos ônibus de diferentes empresas atingidos, em locais e horários variados, o que nos leva a crer que não há padrão definido e nem envolvimento de organização criminosa”, afirmou o delegado.
O Deic tem monitorado por meio de um órgão de inteligência cibernética as ações em plataformas digitais e redes sociais para identificar a possível ação desses jovens. Contudo, nenhum agressor foi identificado até o momento.
"Essa é uma investigação peculiar, porque não apresenta um padrão. São diversos ônibus, de diversas empresas em diferentes locais da cidade, o que de fato traz uma demora para a resolução [do caso]", explica o delegado.
ATAQUES EM COTIA
Em Cotia, pelo menos dez ônibus municipais foram alvos de ataques no último mês. Somando os ônibus intermunicipais que circulam na Raposo Tavares, foram 22 ataques no mesmo período, segundo levantamento feito pelo Cotia e Cia junto à prefeitura da cidade.
Apenas na noite desta quarta-feira (2), sete veículos foram alvos de vandalismo. Em uma das ocorrências, na altura do km 21 da Rodovia Raposo Tavares (linha intermunicipal), uma pessoa foi atingida, mas se recusou a ser socorrida.
Ainda na noite de ontem, um ônibus da empresa Viação Miracatiba teve o vidro quebrado ao ser atingido por uma pedrada no km 28 da Rodovia Raposo Tavares, no Parque Alexandra, em Cotia. Segundo o boletim de ocorrência, o veículo trafegava quando foi atacado com uma pedra, causando danos. Os passageiros, bem como o condutor, não se feriram.