Ela foi apreendida e enviada para a Fundação Casa nesta terça-feira (3)
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Foto: Reprodução |
A adolescente de 17 anos que assumiu ter envenenado o bolo de pote que matou Ana Luiza de Oliveira Neves, também de 17 anos, em Itapecerica da Serra, contou em depoimento à polícia que praticou o mesmo ato com outra colega, no dia 15 de maio.
A menor infratora contou ter pago R$ 80 em um produto químico denominado de “óxido arsênico”. No dia 14 de maio, ela comprou um bolo de pote e envenenou o alimento. A vítima comeu o bolo, passou mal, mas sobreviveu.
A adolescente disse que agiu nos dois casos “por ciúmes” e alegou querer apenas “dar um susto” nas vítimas.
Ela foi apreendida e enviada para a Fundação Casa nesta terça-feira (3).
DORMIU NA CASA DA VÍTIMA
O pai da jovem que morreu, Silvio Ferreira das Neves, contou que a adolescente que confessou ter enviado o doce era colega da filha e dormiu na casa deles no fim de semana.
“Essa menina foi dormir lá em casa, acompanhou o caso todo. Viu [Ana Luiza] passando mal, viu a hora que a levei no hospital e, no outro dia, também viu minha menina caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação... Depois da minha filha estando morta, ela ainda me cumprimentou e abraçou”, disse em entrevista à imprensa.
Emocionado, Silvio descreveu o momento como “uma dor muito grande”. “Levou um pedaço de mim embora. Minha filha que eu amava. Trabalhava, era responsável, não mexia com nada ilícito.”
“Eu queria falar pra toda a população que alertem seus filhos para não receberem nada de ninguém e não comerem nada de ninguém”, afirmou.
CAUSA DA MORTE
A causa aparente da morte foi apontada como intoxicação alimentar, conforme laudo assinado pelo médico Fernando Fernandez Barrientos, que estava de plantão no hospital.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), as diligências seguem para identificar a causa da morte e esclarecer as circunstâncias dos fatos.