“Todes”; “amigues”: projeto proíbe uso da linguagem neutra nas escolas de Cotia

Texto foi aprovado por 11 vereadores durante a sessão dessa terça-feira (16); veja

Foto: Câmara de Cotia 

A Câmara Municipal de Cotia aprovou, na sessão dessa terça-feira (16), o Projeto de Lei 18/2024, que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas municipais.

De autoria do vereador Johny Santos (PL), a propositura foi aprovada por 11 votos e segue agora para sanção ou veto do prefeito Rogério Franco (PSD).

Os vereadores Celso Itiki (PSD) e Edson Silva (Repub) se abstiveram da votação, e Dr. Castor Andrade (PDT) não votou.

Além das instituições de ensino, o projeto também se aplicará, caso seja aprovado, aos documentos oficiais da administração pública, aos editais de concurso público, ações culturais, esportivas, dentre outras.

O texto diz que o descumprimento da norma poderá acarretar sanções às instituições de ensino e aos profissionais da educação.

“PRETEXTO DE IGUALDADE DE GÊNERO”

Em sua justificativa, Johny Santos alega que o pronome neutro visa criar uma terceira opção para os pronomes de tratamento, “sob o pretexto de criar igualdade”.

“A linguagem neutra acaba por excluir, já que segrega outros grupos como pessoas com autismo e dislexos, inibindo o processo de entendimento gráfico, além de cegos, os quais passam por longo processo para redescobrir a leitura e acabarão prejudicados, dada a incompatibilidade em pronunciar algarismos sem qualquer padronização ou fonética gramatical”, diz o parlamentar.

“Se permitirmos que professores utilizem tal linguagem, a formação dos jovens ficará prejudicada, na medida em que acabarão escrevendo de forma contrária a norma atual, o que poderá trazer prejuízos futuros em concursos, entrevistas de emprego e em outras oportunidades que exigirão o uso da linguagem correta”, conclui.
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