“Nova Raposo”: projeto prevê privatização e pedágio por distância rodada em Cotia

Informação foi confirmada pelo Cotia e Cia junto à Secretária de Parcerias em Investimentos do estado de SP

Pedágio Free Flow. Foto: Governo de SP 

O projeto de mobilidade da Raposo Tavares, chamado de “Nova Raposo”, prevê a concessão do trecho entre Vargem Grande e São Paulo, passando por Cotia, à iniciativa privada, para ampliação da infraestrutura e manutenção.

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Além disso, está prevista a instalação de pedágios, mas sem a construção de praças. A tarifa será cobrada no “free flow” (fluxo livre), sem que o motorista precise parar para fazer o pagamento. O serviço também permite que o valor cobrado seja por distância percorrida, e não um valor único, como nos pedágios tradicionais.

As informações foram confirmadas, nesta segunda-feira (18), pelo Cotia e Cia junto à Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado de São Paulo.

A concessão, segundo a pasta, inclui, além da Raposo Tavares, as rodovias: SP 280, SP 029 e SPA 053/280. E, ainda, o trecho municipal entre os municípios de Cotia e Embu das Artes, paralelo ao Rodoanel Oeste (veja aqui).

No total, o projeto prevê investimentos para duplicação de 36,16 km, implantação de 36,65 km de faixas adicionais, 48,26 km de vias marginais; 24 novos dispositivos, adequação de 59 novas obras de artes especiais; 38 novas passarelas e 73 pontos de ônibus.

“Os recursos serão aplicados também em melhorias em dispositivos de acesso e retorno, entre outras obras de infraestrutura viária, além de serviços como atendimento por equipes de socorro mecânico, guincho, primeiros socorros e monitoramento das rodovias por sistemas de câmeras”, informou a secretaria.

Como funciona o pedágio Free Flow?

O sistema de pedágio Free Flow visa otimizar o trânsito em rodovias, eliminando a necessidade de parar em praças de pedágio para efetuar pagamentos.

Originada na Europa nos anos 90, essa abordagem tem como objetivo principal “agilizar o fluxo de veículos, reduzir congestionamentos e minimizar o impacto ambiental causado por carros parados em filas”.

O funcionamento é bastante simples: veículos são equipados com um transponder eletrônico ou tag, que é identificado automaticamente por sensores à medida que o veículo passa por um ponto de pedágio.

O valor do pedágio é então debitado de uma conta previamente estabelecida, que pode ser recarregada manualmente ou automaticamente.

Com isso, o valor pago é proporcional ao trajeto percorrido. Caso o veículo não tenha tag instalada, o motorista pode entrar no site da concessionária para fazer o pagamento através da placa.
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