Comida no iFood fica 17,5% mais cara do que no restaurante, diz levantamento

A pesquisa foi realizada pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes)



Um levantamento realizado pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) mostra que um prato pedido pelo iFood fica em média 17,5% mais caro para consumir, em comparação com o mesmo pedido feito no restaurante.

A pesquisa foi realizada em julho como parte de um processo em tramitação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que está investigando se há abuso por parte do iFood devido a sua posição dominante no mercado de delivery no Brasil. Foram ouvidos 1.600 estabelecimentos.

Segundo a Abrasel, a conta se refere ao preço cobrado pelos restaurantes e já inclui os 10% da taxa de serviço. Não considera outras despesas, como a taxa de entrega cobrada pelo iFood, ou o gasto de estacionamento que o consumidor pode ter na ida ao restaurante.

"Essas taxas fazem com que o preço ao consumidor seja 17,5% maior no iFood do que comprando na loja. Precisamos encontrar uma solução, é um mercado com baixa concorrência", diz Paulo Solmucci Junior, presidente da Abrasel.

O processo no Cade iniciou em 2020, quando o Rappi alegou que o modelo de exclusividade do iFood dificultava a concorrência no mercado. Hoje o iFood controla cerca de 80% do setor de entregas de comida brasileiro.

Em nota, o iFood disse que não comentaria a pesquisa, uma vez que não teve acesso à metodologia do levantamento.
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