PM cumpre reintegração de posse em Carapicuíba; 1.250 pessoas moravam no local

Moradores relataram abuso da força policial durante a reintegração

Reintegração de posse em Carapicuíba. Foto: TV Record / Reprodução 


A Polícia Militar cumpriu, nesta quarta-feira (25), um mandado de reintegração de posse na Vila Municipal, em Carapicuíba. A área que foi reintegrada, segundo a PM, possui cerca de 5 mil metros quadrados e era ocupada por aproximadamente 1.250 pessoas, distribuídas em imóveis em alvenaria.

Segundo a prefeitura, a área é considerada de alto risco. O secretário da Segurança do município disse que a Defesa Civil fez uma análise da declividade do local, que passa dos 45 graus, e constatou que o risco para desmoronamento na área é grau 5 (o mais alto).

Moradores relataram abuso da força policial durante a reintegração. O deputado Emídio de Moraes (PT) disse que enviou ofício à Prefeitura de Carapicuíba, à Corregedoria e à Ouvidoria da PM cobrando medidas para resguardar o direito das famílias da Vila Municipal e a investigação do comportamento dos policiais.

A gestão municipal alega que 350 famílias já assinaram contrato para aquisição dos apartamentos da habitação e outras 17 famílias estão em trâmite de documentação.

Os apartamentos da habitação estão em fase de licitação e devem ser entregues em 2 anos. Até lá, as famílias vão continuar recebendo o aluguel social.

O QUE DIZ A PREFEITURA DE CARAPICUÍBA

Em nota, a Prefeitura de Carapicuíba informou que, seguindo as recomendações de segurança da Polícia Militar, não haverá aula nas escolas municipais Peter Pan, Monteiro Lobato e Zilda Arns, além da escola estadual Paulo Idevar Ferrarezi e Sesi.

Algumas vias estão com o fluxo de veículos interrompido durante o cumprimento da decisão judicial. A avenida Desembargador Doutor Eduardo Cunha de Abreu está interditada da rotatória do Km 21 até a altura da avenida Brasil. Há também o fechamento parcial das ruas Atenas, Sebastião Pereira e São João Delrey.

A prefeitura disponibilizou caminhões de mudanças para os moradores.

Segundo a administração, os moradores possuem dois meses creditados de ajuda de custo (R$ 400 mensais) e continuarão recebendo até os apartamentos serem entregues. As unidades habitacionais da CDHU serão construídas próximas ao fórum, em área doada pela prefeitura. O processo de licitação está em andamento.

Após o cumprimento da decisão judicial, o governo e a Prefeitura de Carapicuíba prometem dar início ao processo burocrático e legal das obras do viaduto, que é uma antiga reivindicação da população.



Com informações do G1 e R7
Postagem Anterior Próxima Postagem