Cotia poderá ter VLT na Linha 22-Marrom, diz diretor do Metrô

É uma linha que nós estamos pensando em, de repente, algum outro modal, de tal que forma que possamos viabilizar no menor custo que consiga atender adequadamente a demanda”, explicou Paulo Meca


VLT em funcionamento | Imagem ilustrativa


O diretor de Engenharia e Planejamento do Metrô, Paulo Meca, disse em entrevista à Associação Brasileira de Indústria Ferroviária (ABIFER) que a operadora estuda a doação de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) na nova linha 22-Marrom, que poderá ligar a rede metroferroviária até Cotia. 

Nós estamos vendo para algumas regiões, principalmente para sistemas que estão ultrapassando as fronteiras da cidade de São Paulo, dependendo da demanda da linha”, disse. 

A linha 22, antes denominada com a cor Bordô, era prevista para partir da região de Pinheiros e chegar até Cotia por meio do eixo formado pela Rodovia Raposo Tavares. Declarações do presidente da empresa nas redes sociais informaram que o projeto estava “em replanejamento“.

No entanto, ao ser questionado pelo Cotia e Cia em coletiva de imprensa, o governador João Doria descartou a possibilidade de o município ser contemplado com Metrô ou monotrilho nesta linha. 

Então é uma linha que nós estamos pensando em, de repente, algum outro modal, de tal que forma que possamos viabilizar no menor custo que consiga atender adequadamente a demanda”, explicou Meca. 

O QUE É O VLT

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é assim denominado porque é mais leve do que os trens ou metrôs em vários aspectos: suas composições são menores, transportam menos passageiros e custam menos à administração pública.

Nesse sentido, a diferença mais impactante – tanto visual quanto funcionalmente – está no fato de que o VLT anda no nível da rua. Seus trilhos não ocupam tanto espaço, e ele faz pouco barulho ao passar. Assim, seus vagões podem estar em meio às ruas, calçadas e praças da cidade, inserindo-se de forma muito mais amigável na paisagem urbana. Não existe uma enorme “linha do trem” que, muitas vezes, divide as cidades.

Além disso, as estações do VLT não funcionam com catracas e pagamento antecipado (este é feito dentro do vagão), fazendo com que ele se assemelhe aos antigos bondes nesse aspecto. Por todas essas características, esse meio de transporte público está sendo adotado nos centros das grandes metrópoles com a finalidade de cobrir distâncias mais curtas e complementar os trens ou metrôs.

VELOCIDADE MAIS BAIXA 

Os VLTs percorrem seus trajetos a uma velocidade mais baixa da que dos trens ou metrôs – 20 km/h, em média –, inclusive por questão de segurança. Como essa velocidade é constante, e os VLTs têm a preferência em semáforos e cruzamentos, 20 km/h é mais do que suficiente para se deslocar de forma eficiente e segura pelos centros urbanos.

*Com informações do Via Trolebus e Estadão
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