Recém-nascido aguarda há 20 dias cirurgia cardíaca no Hospital de Cotia

Segundo a mãe de Leonardo, o hospital informou que não há equipe e nem estrutura para realizar o procedimento cirúrgico; internado, bebê já contraiu dois tipos de bactéria; veja o que disse a Secretaria de Saúde de SP ao Cotia e Cia

Leonardo Samuel. Foto: Arquivo pessoal 



O recém-nascido Leonardo Samuel está internado há 20 dias no Hospital Regional de Cotia à espera de uma cirurgia cardíaca. Nascido em 19 de outubro, o bebê tem atresia na valva pulmonar, quando não vai sangue do lado direito do coração para os pulmões.

O problema foi detectado no segundo dia de vida de Leonardo, que se encontra até hoje na UTI Neonatal da unidade. O bebê está com uma medicação que mantém o canal arterial aberto e permite que o fluxo de sangue vá para os pulmões. Porém, este canal, segundo os médicos informaram à mãe, pode fechar a qualquer momento, e somente uma cirurgia poderá salvá-lo.

No entanto, Leonardo completa nesta segunda-feira (8) 20 dias que está aguardando pela cirurgia, e o hospital não faz. Segundo Fernanda Almeida Magalhães, mãe do bebê, a unidade não tem estrutura com aparelhos e nem equipe de enfermagem qualificada para esse tipo de cirurgia. A única alternativa é a transferência para outro hospital, que até o momento não aconteceu.

Nesse tempo internado no hospital, Leonardo já contraiu dois tipos de bactérias. “Se eles já tivessem conseguido essa vaga na primeira semana, ele ia ser operado e estaria bem em casa”, disse Fernanda.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, responsável pela administração do Hospital Regional de Cotia, informou que o bebê está recebendo toda a assistência adequada de equipe multidisciplinar especializada para suas necessidades clínicas atuais.

A secretaria disse, ainda, que a Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS) está monitorando o caso com a finalidade de auxiliar na transferência para serviço de referência ao caso. No entanto, a pasta ressaltou que uma transferência não depende exclusivamente de disponibilidade de vagas, “mas também de quadro clínico que permita o deslocamento a outro serviço de saúde para sua própria segurança”.



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