Operação em 6 estados mira quadrilha de falsos leilões virtuais; líder é preso em SP

Grupo movimentou mais de R$ 6,5 milhões com sites fraudulentos e anúncios pagos nas redes sociais; ação mobiliza cerca de 150 policiais

Foto: SSP

Uma operação interestadual deflagrada nesta quarta-feira (22) mira uma quadrilha especializada em aplicar golpes de falsos leilões pela internet. A ação envolve as Polícias Civis de São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Amazonas, Pará e Rio Grande do Sul, com cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados.

Em São Paulo, um homem de 32 anos, apontado como líder do esquema criminoso, foi preso. Segundo as investigações, ele era responsável por criar sites falsos e gerenciar o fluxo financeiro do grupo. A companheira dele, de 29 anos, também foi detida. Ela movimentou cerca de R$ 2,3 milhões em cinco meses e levava uma vida de luxo, incompatível com a renda declarada.

Dos oito mandados de prisão, cinco foram cumpridos em São Paulo. Até o momento, duas pessoas foram presas. Participam da ação equipes da Divisão de Capturas e do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), da Polícia Civil paulista. Computadores, celulares, veículos e documentos foram apreendidos e devem auxiliar na continuidade das investigações.

De acordo com a polícia, a quadrilha atuava em diversos estados brasileiros, utilizando perfis falsos e anúncios patrocinados nas redes sociais para atrair vítimas. Os criminosos investiam em publicidade digital para dar aparência de legitimidade aos sites fraudulentos.

O dinheiro arrecadado era depositado em contas de “laranjas” para dificultar o rastreamento e, em seguida, lavado por meio de negócios fictícios, que movimentaram cerca de R$ 6,5 milhões.

Os envolvidos também faziam uso de ferramentas de anonimização digital e criptografia, o que exigiu dos investigadores o emprego de técnicas avançadas de rastreamento cibernético e análise financeira para identificar os suspeitos.

A operação, que ainda está em andamento, conta com a participação de aproximadamente 150 policiais e é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DPRCPE) do Rio Grande do Sul.
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