MP-SP se pronuncia sobre plano do PCC para matar promotor e coordenador de presídios

Nota oficial do MP-SP destaca atuação conjunta com Polícia Civil e Polícia Militar para impedir atentado

(À esquerda) o promotor Lincoln Gakiya; (à direita) o coordenador de presídios, Roberto Medina. Imagens: Reprodução

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) divulgou, nesta sexta-feira (24), nota oficial em que manifesta irrestrito apoio ao promotor de Justiça Lincoln Gakiya e ao coordenador de presídios da região oeste, Roberto Medina, alvos de um plano criminoso que foi frustrado por uma atuação integrada das forças de segurança.

Na nota, assinada pelo Procurador-Geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, a instituição afirma que o crime organizado não intimidará os membros do MP-SP. “Diferentemente do que possam suspeitar os autores do plano frustrado, esse acontecimento não intimidará nenhum dos valorosos membros do MPSP, que têm como marca a coragem e a altivez. Atuaremos com mais energia ainda. Repito: sequer um centímetro!”, disse o procurador.

A nota também destaca a coordenação entre Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, responsável por impedir a consumação do atentado, garantindo a segurança das autoridades e da população.

Operação Recon e detalhes do plano criminoso

Na manhã desta sexta-feira, o MP-SP e a Polícia Civil deram início à Operação Recon, voltada a integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeitos de planejarem o assassinato de Lincoln Gakiya e Roberto Medina.

Durante a ação, 25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cidades do interior paulista: Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1).

Segundo o MP-SP, as investigações identificaram uma célula do crime organizado altamente disciplinada, estruturada de forma compartimentada, encarregada de monitorar rotinas de autoridades e de seus familiares com a finalidade de preparar atentados. Cada integrante tinha uma função específica, sem conhecimento do plano completo, dificultando a detecção da trama.

A Operação Recon identificou os envolvidos na fase de reconhecimento e vigilância e apreendeu materiais e equipamentos que passarão por perícia. Esses elementos podem levar, em etapas futuras da investigação, à identificação dos responsáveis pela execução do atentado.

O MP-SP reforça que as instituições continuarão desempenhando seu papel constitucional, defendendo a sociedade e combatendo a criminalidade organizada.
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