Bebidas adulteradas: Vigilância Sanitária lacra 128 mil garrafas de vodca em Barueri

Ação integra gabinete de crise criado pelo estado para combater falsificação de bebidas e ampliar fiscalizações

Foto: Governo de SP

A Vigilância Sanitária de São Paulo lacrou nesta quarta-feira (1º) um lote com 128 mil garrafas de vodca em Barueri.

O material só será liberado mediante apresentação da documentação necessária.

A medida integra a força-tarefa do governo estadual para combater a adulteração de bebidas alcoólicas, após a confirmação de 10 casos de intoxicação por metanol no estado, incluindo uma morte.

Irmãos são investigados na capital

Durante as ações, a Polícia Civil identificou dois irmãos suspeitos de envolvimento na manipulação ilegal de bebidas alcoólicas na zona sul da capital. Em uma residência no Jardim Campo Limpo, agentes encontraram 1,8 mil lacres e tampas de uísques falsificados, além de três garrafas vazias.

Segundo as investigações, os suspeitos substituíam o conteúdo de garrafas de marcas importadas e de alto valor por líquidos mais baratos ou de produção artesanal, recolocando tampas e lacres falsificados para vender como originais. Um dos homens, de 52 anos, já havia sido indiciado em 2022 pelo mesmo crime.

O caso foi registrado no 37º Distrito Policial (Campo Limpo) como falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de bebidas.

Fiscalizações em todo o estado

O governo paulista mantém uma série de fiscalizações desde a criação de um gabinete de crise na terça-feira (30). Até a tarde de quarta-feira (1º), seis estabelecimentos foram interditados em operações conjuntas das secretarias da Saúde, Segurança Pública, Fazenda e Justiça.

No total, as forças de segurança já apreenderam quase mil garrafas nesta semana e outras 17,7 mil em uma fábrica clandestina em Americana. Ao longo do ano, mais de 50 mil garrafas adulteradas foram retiradas de circulação pela polícia.

Medidas emergenciais

O governo também anunciou ações emergenciais para conter os riscos da contaminação por metanol:

  • interdição cautelar de estabelecimentos suspeitos;
  • criação de canais rápidos de denúncia;
  • reforço no atendimento médico da rede estadual de saúde;
  • intensificação das investigações pela Polícia Civil e pela Secretaria da Fazenda.
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