Prefeito critica impacto do pedágio e diz que recebeu promessa de "retirada da praça prevista para Cotia"
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| Pórtico instalado no km 37 da Raposo Tavares, em Cotia. Foto: Alex da Força p/ o Cotia e Cia |
O pórtico instalado no km 37 da Rodovia Raposo Tavares, em Cotia, continua gerando questionamentos entre motoristas e autoridades locais. Embora uma placa fixada na estrutura informe tratar-se de um “pórtico de monitoramento”, sem cobrança de tarifa, a presença do equipamento reacendeu o debate sobre a instalação de pedágios na região.
O prefeito Welington Formiga (PDT) se manifestou sobre o assunto nas redes sociais nesta quarta-feira (10). Ele afirmou que a administração tem buscado diálogo com o Governo do Estado para defender os interesses da população e destacou que a instalação de uma praça de pedágio “praticamente no centro da cidade” poderia trazer prejuízos diretos a trabalhadores, estudantes e famílias que dependem da via diariamente.
“No ano passado, foram aprovadas obras na Raposo Tavares, o que trouxe a notícia da instalação de pedágios. Houve uma audiência em Vargem Grande Paulista, com participação do governo anterior de Cotia. Agora, solicitamos ao Governo de São Paulo que retire esta praça de pedágio, praticamente no centro de nossa cidade, pois ela prejudica diretamente trabalhadores, estudantes e famílias que utilizam essa via todos os dias. Nos foi prometido que será retirada!”, escreveu o prefeito (veja o post abaixo):
Divergência sobre a localização
Pelo edital de concessão, o ponto de cobrança deveria ser instalado no km 39 da Raposo Tavares, próximo ao acesso para Caucaia do Alto. No entanto, a estrutura foi montada dois quilômetros antes, no km 37.
Procurada pela reportagem, a concessionária Sorocabana, responsável pela rodovia, negou erro de instalação. Em nota, informou que a localização foi definida com base em “critérios técnicos e de segurança viária aprovados pela Artesp” e destacou que o km 39 citado no edital era apenas uma “referência preliminar”.
Função do pórtico
De acordo com informações já apuradas pelo Cotia e Cia, os equipamentos instalados no pórtico têm a função de contabilizar o fluxo de veículos, sem realizar cobrança de pedágio. A confusão entre motoristas ocorre porque estruturas semelhantes são utilizadas em sistemas de cobrança automática, como o free flow, já implantado em outras rodovias de São Paulo.
Apesar da placa de monitoramento, a expectativa inicial de que o local poderia receber um ponto de cobrança mantém a desconfiança de quem trafega pela rodovia diariamente. Questionamentos foram enviados ao governo estadual, à Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) e à concessionária, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.
