Movimento em defesa de antiga vila operária de Cotia ganha apoio da prefeitura

Apoio veio depois que 10 casas foram demolidas pela Sabesp; movimento pede o fim das demolições e o tombamento pelo IPHAN/CONDEPHAAT

Foto: Prefeitura de Cotia 

A Sabesp demoliu, em maio deste ano, dez das 52 casas da Vila Operária do DAE (Departamento de Águas e Esgoto), localizada na região do Morro Grande, em Cotia. Diante da situação, um abaixo-assinado foi lançado e movimentos sociais se uniram para impedir novas destruições.

Neste final de semana, durante o segundo ato realizado em defesa da vila, os movimentos ganharam apoio do prefeito Welington Formiga (PDT), que esteve presente na atividade. Ele já havia firmado o compromisso de apoiar a inclusão da Reserva Florestal no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e de buscar apoio governamental para o tombamento da Vila do DAE pelo IPHAN/CONDEPHAAT.

“Eu assinei o documento que a Ana [Ana Alcântara, do Movimento MulherAção Cotia] e todos me trouxeram [o abaixo-assinado para o tombamento da Vila do DAE]. Nós estaremos juntos nesta luta”, afirmou.

Vila do DAE. Foto: Reprodução 

A Prefeitura deve promover uma reunião entre a comissão do movimento, a gestão municipal e a Sabesp para discutir o assunto.

Com a inclusão da Reserva no SNUC, eleva-se o seu status para Unidade de Conservação Integral (Parque Estadual, Reserva Biológica ou Estação Ecológica), implicando em maior proteção, zoneamento e controle do entorno, combatendo a caça ilegal e o extrativismo predatório a região.

Vila do DAE: conjunto habitacional construído entre 1910 e 1930 para abrigar trabalhadores da Estação de Tratamento de Água do Alto Cotia. É considerada um marco do patrimônio industrial e operário paulista. Contava com 52 casas, igreja, clube social, escola e espaços coletivos. As casas têm estilo art déco e o seu planejamento visava atender às necessidades dos trabalhadores que moravam no local à época da construção da estação de tratamento.
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