Em 4 dias, SP registra 60 novos casos de varíola dos macacos; total chega a 158

Aumento foi de 61% no estado

Foto: Cynthia.S. Goldsmith



O Estado de São Paulo registrou, nesta segunda-feira (11), 158 casos de varíola dos macacos. É o número mais alto do país, que tem 219 casos confirmados. As informações são da Agência Brasil. Há quatro dias, eram 98 registros da doença – 60 a menos que hoje.

Até a semana passada, três cidades da região haviam registros de varíola dos macacos. Cajamar, Itapevi e Osasco registraram um caso cada uma. Cotia e Cia pediu uma nova atualização à Secretaria de Saúde do Estado e aguarda retorno.

Sintomas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) observou que a grande maioria dos casos tem apresentado erupção cutânea, além de febre, fadiga, dores musculares, vômitos, diarreia, calafrios, dor de garganta ou dor de cabeça.

Os sintomas tendem a aparecer de cinco a 21 dias após a infecção e a maioria das pessoas se recupera, sem complicações.

O que se sabe até o momento é que cerca de 10% dos pacientes foram internados para tratamento ou isolamento, e apenas um paciente foi internado em UTI.

Como a doença é transmitida?

De acordo com a OMS, a doença é transmitida pelo contato pele-a-pele, pode ocorrer também por meio de materiais contaminados, como roupas e lençóis ou por partículas da respiração.

Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais. Pesquisadores estão tentando entender isso.

Apesar de não haver essa confirmação, as autoridades de saúde do Reino Unido estão orientando, como precaução, que as pessoas diagnosticadas com a doença usem preservativos por 8 semanas após a infecção.

Tratamento

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões, de acordo com a Opas. O maior risco de agravamento ocorre, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

 

 

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