Quadrilha Pix: Advogada narra as 3 horas de terror e violência durante sequestro em Cotia

VÍDEO: Vítima contou ao Cotia e Cia os detalhes de como foram as três horas mais horríveis de sua vida. “Eu não demonstrei resistência em nenhum momento. Eu vi um pouco do rosto do que estava dirigindo, ele estava suando muito, estava bem desesperado também. Foi ele quem me bateu quando eu não lembrava a senha.”



Agressões físicas e psicológicas; terror e tensão. Durante três horas seguidas, a vida de uma advogada de Cotia ficou sob o poder de criminosos de uma quadrilha do Pix. A vítima foi sequestrada na última sexta-feira (8), no bairro do Portão.

Cotia e Cia entrevistou a advogada, que tem 26 anos, na manhã desta segunda-feira (11). A cena de terror vivida por ela será difícil de ser apagada da memória [VEJA O VÍDEO DA ENTREVISTA ABAIXO]. 


A advogada foi sequestrada às 20h, quando chegava na academia para fazer natação. Assim que desceu do carro, dois homens em uma moto pararam ao seu lado e o da garupa já foi com ela para o banco de trás, enquanto o outro assumiu a direção.

“Eu só conseguia pedir para não fazer nada comigo. Eles mandavam eu calar a boca. Eles falaram ‘você já sabe o que a gente quer, né’. Eu já sabia, por acompanhar o que estava acontecendo na cidade. Eles falaram que a meta deles hoje era de R$ 50 mil. Eles já foram pedindo o dinheiro e a senha [dos cartões]. Eu só pedia para eles não fazerem nada comigo. Eles mandavam eu parar de chorar. Estava desesperada”, conta.

A vítima foi levada de Cotia até a altura do km 18 da Raposo Tavares, mas não sabe dizer precisamente o local, já que, durante o trajeto, foi com a cabeça baixa.

Eles não pediram as senhas com o carro em movimento. Eles me levaram para um lugar que eu identifiquei que parecia uma garagem ou uma casa mesmo. Um deles ia e voltava por várias vezes. Eu acho que é onde tinham as maquininhas de cartão de crédito. Eles pediram a senha, fizeram Pix, passaram débito, crédito ... vire e mexe ele voltava para dentro do carro. Eu fiquei três horas lá com um deles dentro do carro

Ao todo, os bandidos transferiram mais de R$ 20 mil. Detalhe que apenas uma transação via Pix foi feita no valor de R$ 12 mil após às 20h, horário em que o teto estabelecido para as transações seria de mil reais, segundo mudanças estabelecidas pelo Banco Central desde a segunda-feira da semana passada (4).

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