Manifestações de junho de 2013 - Cotia, SP |
Os movimentos eclodiram em Junho do ano passado logo após o aumento das passagens no transporte público. Os primeiros organizadores foram os integrantes do Movimento Passe-livre, porém logo a agitação se estendeu para um nível nacional. Em pouco tempo, várias cidades brasileiras reviram os valores da passagem, porém, as manifestações tomaram um caráter político ainda maior, reivindicando melhorias no serviço público e o fim da corrupção no país.
A Jornada de Junho mostrou claramente uma crise de representatividade nos brasileiros e este sentimento tem se refletido nas eleições deste ano. A corrida presidencial confirma o olhar da população na terceira opção. Se em anos anteriores a disputa ficava entre PT e PSDB, dessa vez, um terceiro partido(PSB) se ascendeu como expectativa para a mudança.
Além dos presidenciáveis, em São Paulo, uma terceira opção também se ascendeu. O candidato Paulo Skaf (PMDB) tem estado a frente do candidato do PT, Alexandre Padilha, nas pesquisas, embora o já então governador Geraldo Alckmin (PSDB) permaneça em primeiro lugar.
A procura pela “reforma” tem sido evidente, entretanto, não pode se restringir a um poder apenas. De nada adiantará reformar apenas o Executivo, se o Legislativo continuará o mesmo. Um presidente ou governador diferente pode até querer fazer mudanças no país, mas pode não ter os seus projetos aprovados por legisladores já acomodados em seus cargos. São Paulo será responsável por cerca de 90 cadeiras ocupadas no Congresso Nacional e seria um erro absurdo eleger as mesmas 90 pessoas. O estado continuará com sérios problemas em segurança pública, saúde e educação, mesmo se o governador for outro.
Além disso, os deputados são exatamente aqueles que representam os cidadãos, você vai querer ser representado por um palhaço ou por um bandido mundialmente procurado? Depois não adianta levantar cartazes hostilizando políticos, pois eles te representam SIM, sendo estes honestos ou não.
Por: Carolina Marins (Cotia e Cia)