Por: Iris Toloni (Cotia e Cia):
Há cerca de um mês, o Instituto Royal, centro de pesquisas em fármacos situado em São Roque (SP), foi invadido por ativistas com o fim de resgatar cães da raça Beagle, que eram usados em testes de medicamentos. Desde então, a questão sobre o uso de animais para pesquisas médica e cosmética ganha a atenção dos brasileiros, gerando posições divergentes.
O tema é polêmico entre professores e pesquisadores, que se dividem entre priorizar a saúde humana ou defender a vida animal. Há casos em que os animais sofrem problemas físicos e/ou psicológicos devido ao procedimento da experiência.
Alex Begovacz, 41, é professor de Biologia da rede estadual de ensino. Ele tem um cachorro e quatro gatos e não concorda com os meios utilizados pelas empresas que fazem pesquisas em animais. “Acho que é muita soberba do homem, até hoje, achar que tem o direito de usar os animais para testes”, afirma. “O próprio Sabin fez o teste das vacinas com o homem. Temos que procurar outras formas, isso não é justo.”
O que não se pode desconsiderar são as descobertas que esse método proporcionou à nossa saúde e bem-estar, já que as indústrias de cosméticos também são adeptas desse método. A veterinária Raquel Alves, 31, diz que os testes são necessários para termos remédios contra o câncer, aids, dor de cabeça, depressão, etc. “Eu sou a favor que faça o teste em animal, com tanto que não tenha maus-tratos. Hoje em dia, para se ter avanços na medicina ainda é necessário. Eu torço para que um dia a gente não precise mais usá-los.”
O advogado Daniel Simões, 29, esclarece a legalidade desse ato: “Pela lei, o animal é considerado uma coisa. Uma vez que o animal é uma coisa, mesmo sendo declarado crime, é permitido o uso para benefício humano”.
Na Europa, o assunto tem mais visibilidade e, consequentemente, as leis são mais rígidas. A União Europeia vetou, desde 2005, o uso de animais para testes de cosméticos e, desde 2009, que as indústrias do ramo comercializem seus produtos. “Em alguns lugares do exterior, existem selos nas embalagens de produtos, aprovando que o animal não sofreu maus-tratos em cativeiro”, conta Simões.
Ativistas recolhem Beagle em São Roque (foto: Ig) |
O tema é polêmico entre professores e pesquisadores, que se dividem entre priorizar a saúde humana ou defender a vida animal. Há casos em que os animais sofrem problemas físicos e/ou psicológicos devido ao procedimento da experiência.
Alex Begovacz, 41, é professor de Biologia da rede estadual de ensino. Ele tem um cachorro e quatro gatos e não concorda com os meios utilizados pelas empresas que fazem pesquisas em animais. “Acho que é muita soberba do homem, até hoje, achar que tem o direito de usar os animais para testes”, afirma. “O próprio Sabin fez o teste das vacinas com o homem. Temos que procurar outras formas, isso não é justo.”
O que não se pode desconsiderar são as descobertas que esse método proporcionou à nossa saúde e bem-estar, já que as indústrias de cosméticos também são adeptas desse método. A veterinária Raquel Alves, 31, diz que os testes são necessários para termos remédios contra o câncer, aids, dor de cabeça, depressão, etc. “Eu sou a favor que faça o teste em animal, com tanto que não tenha maus-tratos. Hoje em dia, para se ter avanços na medicina ainda é necessário. Eu torço para que um dia a gente não precise mais usá-los.”
O advogado Daniel Simões, 29, esclarece a legalidade desse ato: “Pela lei, o animal é considerado uma coisa. Uma vez que o animal é uma coisa, mesmo sendo declarado crime, é permitido o uso para benefício humano”.
Na Europa, o assunto tem mais visibilidade e, consequentemente, as leis são mais rígidas. A União Europeia vetou, desde 2005, o uso de animais para testes de cosméticos e, desde 2009, que as indústrias do ramo comercializem seus produtos. “Em alguns lugares do exterior, existem selos nas embalagens de produtos, aprovando que o animal não sofreu maus-tratos em cativeiro”, conta Simões.