Presidiários sobrevivem em presídios incapaz de receber presos em Cotia, SP e no Brasil.

Cadeia de Cotia (Foto: Fau Barbosa/Portal Viva)
Em Cotia os presos estão de volta, desde o dia 7 de dezembro que a cadeia pública de Cotia estava sem presos por decisão da justiça, os presos que estavam no presidio foram transferido para o CDP de Osasco, mas este ano os presos estão de volta e parece que dessa vez é para ficar.

A situação dos presídios no Brasil é bem complicada pois em muitos não tem nem sanitários como é o caso de Cotia

O país que não penaliza seus presos com a morte permite que eles sobrevivam à margem da falta de dignidade. O Mutirão Carcerário, promovido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), revelou a impossibilidade de detentos terem acesso a direitos humanos básicos. Em São Paulo, são em ambientes sujos, superlotados, sem alimentação e assistência médica adequadas que o governo pretende que 179,6 mil homens e mulheres possam se regenerar.

Cadeia de Cotia (Foto: Fau Barbosa/Portal Viva)
Vários registros fotográficos comprovam a condição insalubre dos presídios e cadeias. Na Cadeia Pública de Cotia, todos os vasos sanitários estão quebrados. A SSP (Secretaria da S egurança Pública) diz que trabalha para melhorar a unidade. Enquanto isso, presos convivem com o mau cheiro, além de ratos e baratas que andam nos alimentos que eles comem.

A Penitenciária Feminina de Itapevi, também na Grande São Paulo, tem o mesmo problema. Lá, as presas usam baldes d’água como descarga. Apesar de a lei obrigar o estado a fornecer material de higiene para os reeducandos, as detentas não recebem objetos básicos como papel higiênico e absorventes. Algumas usam miolo de pão quando estão menstruadas.

A falta de manutenção também é recorrente. O prédio do Centro de Progressão Penitenciária 1 de Bauru, a 326 quilômetros da capital, é um exemplo. Sem reformas há 20 anos, parte da edificação pode desabar a qualquer momento.

Outro problema são os presos sob responsabilidade da SSP – atualmente, são 6 mil. Fraga acredita que a situação dessas pessoas em delegacias é perniciosa e que o governo tem de se empenhar mais para solucionar o problema. A falta de estrutura da polícia para lidar com os detentos se reflete em situações como a das presas que cumprem pena na Cadeia de Pariquera-Açu, a 219 quilômetros da capital, onde não há camas. A previsão da SSP é de que até 2014 todos os detentos sejam transferidos.

Em nota, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) ressaltou que ainda não teve acesso ao relatório do CNJ, mas garantiu que todas as unidades funcionam dentro das normas de segurança e que a intenção da pasta é “proporcionar melhores condições de cumprimento de pena, com mais dignidade e segurança para presos e servidores”. A SAP afirma fornecer materiais de higiene para todos os detentos e diz que o governo pretende criar 39 mil vagas até o final da gestão.

Cadeia de Cotia (Foto: Fau Barbosa/Portal Viva)
“Tratar o preso com respeito não é só uma questão de direitos humanos. É pensar em saúde e segurança pública”, diz Fraga. Para o magistrado, problemas graves dentro da cadeia inevitavelmente ultrapassam os muros da prisão. Exemplos são os surtos de doenças e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), nascida dentro do sistema prisional paulista e hoje um dos grupos criminosos mais atuantes e influentes do país.

*Estado de SP com Cotia e Cia
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