Praça dos Romeiros de Caucaia deve ser destruída para construção de Pronto Atendimento

Petição online que pede a mudança do local da obra chegou a mais de 1,5 mil assinaturas. Advogados entram com pedido na justiça para barrar obra.


Na última sexta-feira (21), o prefeito de Cotia Rogério Franco (PSD) divulgou em suas redes sociais um vídeo informando do início do fechamento da Praça dos Romeiros em Caucaia do Alto para construção de um novo Pronto Atendimento, durante o vídeo ele menciona a praça como "a famosa Praça dos Romeiros".
       

Minutos após a divulgação vários moradores do distrito começaram a questionar o porque destruir um dos pontos turísticos de Caucaia, a Praça dos Romeiros. Na internet uma petição que pede para que a praça não seja destruída já conta com mais de 1.500 assinaturas (consulte clicando aqui), segundo a petição, os moradores não são contra a construção do novo Pronto Atendimento, mas sim o local que deve ser construído.

Nesta segunda-feira (24), integrantes da igreja católica, sociedade civil, um vereador e representantes da Prefeitura de Cotia se reuniram no Salão Paroquial em Caucaia. Durante a reunião vários moradores se mostraram indignados já que é o principal local de atrações culturais como shows, feira, teatro, etc. Ficou decidido que uma comissão formada pelos moradores e representantes da igreja católica devem ser recebidos pelo Prefeito nos próximos dias, além disso houve a promessa de envio do projeto para que a sociedade pudesse acompanhar.


Nesta terça-feira (25), os advogados Jefferson Dennis Fischer, Leandro Mathias, Michel Da Silva E Valdir Andrade Viana ingressaram com ação popular com o objetivo de garantir a preservação da Praça dos Romeiros de Caucaia do Alto. Segundo eles "é importante a construção da Unidade de Pronto Atendimento, contudo, é importante respeitar a cultura e o lazer do povo e principalmente o Plano Diretor de Cotia/SP que veta a iniciativa e determina a preservação da Praça. O Prefeito pode e deve construir o novo pronto atendimento de Caucaia, contudo, não em cima de uma Praça. Vamos aguardar a justiça manifestar. Nossa parte como cidadão foi feita". Disseram em comunicado divulgado nas redes sociais.



Na última segunda-feira (25) a reportagem do Cotia e Cia entrou em contato com a Prefeitura de Cotia afim de questioná-la sobre o assunto, porém não recebemos retorno até o momento da publicação, por ser de interesse público divulgaremos abaixo as perguntas realizadas e não respondidas.

Perguntas enviadas pelo Cotia e Cia:
  • Qual prazo de início finalização da obra?
  • Qual o custo estimado?
  • Foi realizado estudo ambiental já que passa embaixo da atual praça um córrego?
  • Existe algum item no projeto em relação a estacionamento para pacientes do futuro pronto atendimento?
  • Durante a obra, terá alguma parte que continuará aberto ao público?
  • Após a divulgação houve várias críticas em relação ao local da construção, houve algum debate com a população sobre isso?
  • O que será feito com o atual pronto atendimento?

Prefeitura de Cotia comprou um terreno a menos de 300 metros da Praça dos Romeiros de 24 mil metros quadrados.

Segundo o Jornal Folha de Cotia a prefeitura de Cotia está sendo investigada pelos ministérios públicos estadual (MP-SP) e federal (MPF) sobre a compra de um terreno em que a Prefeitura de Cotia teria pago mais de R$2 milhões do que o valor correto. Os documentos, sob anonimato, foram encaminhados aos MPs nesta semana.

De acordo com os registros, a prefeitura comprou o terreno no dia 19 de dezembro do ano passado, no valor de R$5,2 milhões, para a construção de uma escola. Com quase 24 mil metros quadrados, o imóvel, localizado na rua Oito de Dezembro, é formado por uma casa, uma garagem e um lago.

Três meses antes de efetuar a compra, uma parte do mesmo imóvel – cerca de 10% – foi vendida para a empresa Crosslife Participações e Empreendimentos, no valor de R$ 295 mil. No entanto, segundo os documentos, essa mesma parte foi revendida para a prefeitura por R$ 485,1 mil – 65% a mais.

O local fica a cerca de 300 metros da Praça dos Romeiros, vários moradores questionaram o porque não usar tal terreno para construção do novo Pronto Atendimento.

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