Cotia tem tratamento gratuito contra Hanseníase

No último domingo (26/1) foi celebrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz.

O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo. Pode variar de 2 a até mais de 10 anos. A hanseníase pode causar deformidades físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico no início da doença e o tratamento imediato.

A médica Hansenologista do Serviço de Hanseníase de Cotia, Dra. Renata, afirmou que o município conta com atendimento e acompanhamento para pessoas que apresentarem sintomas. “É só procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua residência. O tratamento é gratuito e oferecido no SAE/CTA situado na Avenida Rotary, 40, Jardim Nomura”.

É importante destacar que assim que o cidadão inicia o tratamento deixa de transmitir a doença. A pessoa com hanseníase não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar.

Mais informações através do telefone 4616-5921 (SAE/CTA).

Conheça um pouco mais sobre a Hanseníase:

Sinais e Sintomas

  • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade.
  • Área de pele seca e com falta de suor.
  • Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas.
  • Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade.
  • Sensação de formigamento ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber.
  • Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
  • Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
  • Úlceras de pernas e pés.
  • Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
  • Febre, edemas e dor nas juntas.
  • Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz.
  • Ressecamento nos olhos.
  • Mal estar geral, emagrecimento.
  • Locais com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas.
  • Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.

Transmissão
A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis.

A hanseníase não transmite por:

  • Meio de copos, pratos, talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa com hanseníase.
  • Assentos, como cadeiras, bancos.
  • Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivos ou serviços de saúde.
  • Picada de inseto.
  • Relação sexual.
  • Aleitamento materno.
  • Doação de sangue.
  • Herança genética ou congênita (gravidez).

Diagnóstico
O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames complementares para confirmação diagnóstica.

Tratamento
O tratamento é ambulatorial, com doses mensais supervisionadas administradas na unidade de saúde e doses auto-administradas no domicílio.

Prevenção
Apesar de não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem evitar as incapacidades e as formas multibacilares, tais como:



Diagnóstico precoce.

Exame dos contatos intradomiciliares (pessoas que residem ou residiram nos últimos cinco anos com o paciente).
Aplicação da BCG
Uso de técnicas de prevenção de incapacidades.

Complemento de informação no Ministério da Saúde

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