Metrô em Cotia não deve ficar pronto antes de 2020!

Governo abriu licitações para quatro novas linhas de metrô.

Não há prazo para que as obras comecem, mas nenhum dos cinco novos ramais deve ficar pronto antes de 2020
Consultor elogia lançamento de projetos de uma só vez, mas alerta para necessidade de discussões públicas

O governo paulista abriu licitações para contratar os projetos funcionais de quatro novas linhas de metrô, além de uma extensão, em um total de 99 km, mais do que toda a rede atual, que é de 74 km.

O projeto funcional determina, entre outros, a localização exata e o tamanho das estações, a demanda de usuários e alternativas de traçado.

Duas linhas avançarão fora da capital: uma para Guarulhos, segunda maior cidade paulista, e outra para Cotia.

A de Guarulhos, em metrô convencional (subterrâneo), cruzará a região central rumo ao sul e chegará a áreas valorizadas da capital, como Campo Belo, Brooklin e Itaim Bibi.

Já a de Cotia, que pode ser monotrilho (trem sobre elevado) seguirá pelo eixo da rodovia Raposo Tavares, saindo do Morumbi e passando pela Granja Viana, região de condomínios, e vários bairros densamente povoados.

Uma das linhas mais importantes será a 23, paralela à marginal Tietê, que ligará a Lapa à via Dutra e cruzará bairros como Freguesia do Ó, Casa Verde, Limão e Santana.

Concluída, ela fechará um anel metroviário em torno do centro da capital, ampliando consideravelmente as integrações das linhas do metrô.

A quarta linha nova irá conectar a Cachoeirinha (zona norte) ao Ipiranga (sul), passando por áreas importantes do centro paulistano, como Bom Retiro, Brás e Cambuci.

O governo vai ainda contratar o projeto funcional da extensão da linha 20-rosa (Lapa-Moema), que também está em licitação. O prolongamento irá de Moema à av. Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo.

O consultor privado Peter Alouche, que trabalhou por volta de três décadas no setor público, elogia o fato de o Metrô lançar vários projetos funcionais de uma única vez.

É muito bom para a cidade e a comunidade técnica, porque permite que São Paulo tenha um menu de alternativas de linhas para serem submetidas à sociedade e poder público para análise.

Mas alerta. Com projetos prontos, não se deve implantá-los de forma precipitada. As discussões públicas, que muitas vezes melhoram os projetos, são fundamentais.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pretende triplicar a rede até 2018, passando de 74 km para 200 km -atingiria, com isso, a dimensão atual do sistema de Paris (213 km). Desde que chegaram ao poder, em 1995, os tucanos construíram 25 km em 17 anos.

As novas linhas mais adiantadas hoje são a 6-laranja (Brasilândia-centro), 17-ouro (Congonhas-Morumbi) e 18-bronze (São Paulo-ABC) -as duas são monotrilho. Já estão em obras as extensões das linhas 5-lilás (Santo Amaro a Chácara Klabin), 4-amarela (Butantã a Taboão da Serra) e 2-verde (Vila Prudente a Cidade Tiradentes)

Fonte:Investe SP
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