Saúde: Profissionais participaram de capacitação em dengue!

Aproximadamente 60 profissionais participaram do curso de atualização em dengue, promovido pela Secretaria da Saúde, durante os dias 08 e 09 de fevereiro. Durante a capacitação foram abordados temas como: dados epidemiológicos, manejo clínico e plano de contingência municipal.

Além de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem da rede municipal de saúde participaram também, representantes do Hospital Regional de Cotia.

“A capacitação de todo o grupo de profissionais possibilita ao município executar o plano de contingência de prevenção e combate a dengue além de, seguir um protocolo de atendimento”, declarou o Secretário da Saúde Moisezinho.

Entre os palestrantes, a Secretaria da Saúde contou com a presença de um representante do Grupo de Vigilância Epidemiológica de Osasco – Dr. Cesar Oscar Polachini, para abordar o tema manejo clínico, a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica Juliana Canassa explanou sobre plano de contingência e dados epidemiológicos e a coordenadora da Vigilância Ambiental Páscoa Bichiato sobre ações preventivas.

Considerando que a dengue é uma doença que evolui rapidamente de um estágio para outro, é primordial o diagnóstico precoce e o encaminhamento correto para tratamento e monitoramento dos casos.

O Ministério da Saúde classifica o atendimento de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente. O estágio da doença é classificado como A, B, C e D. Após identificação do estágio, o paciente será encaminhado a sua unidade de referência. Juliana Canassa, esclareceu que os casos de dengue A serão encaminhados as unidades de Saúde de PSF`s (Programa de Saúde da Família), os tipos B e C, direcionados ao Pronto Atendimento e D – encaminhados ao Hospital Regional. (ver tabela de sintomas para cada classificação).

Entre os profissionais presentes ao curso, a enfermeira da unidade de PSF da Água Espraiada Solange Balardi, destacou que mesmo tendo experiência em Pronto Atendimento, “participar desta capacitação foi muito proveitosa para atualizar e aprimorar os meus conhecimentos sobre manuseio, exames, prova do laço e a valorização de sintomas que muitas vezes não sabemos que podem auxiliar na identificação do diagnóstico, como por exemplo, a dor retro-orbitária observando o movimento dos olhos”, afirmou.

Solange Balardi ressaltou que transmitirá o conhecimento para sua equipe de trabalho. “Na minha região, estamos recebendo muitas denúncias e estas informações chegaram no momento certo. Felizmente, os moradores tem recebido a equipe muito bem e com estas novas informações vamos aprimorar o nosso trabalho”, disse.

Fique atento aos sintomas da dengue

Transmissão

Os sinais de alarme podem surgir a partir do 3º dia da doença e podem indicar que a doença está piorando. Caso apresente um dos sintomas abaixo, procure atendimento médico imediatamente.

Sinais de alerta:

· Dor abdominal

· Vômitos persistentes

· Sangramentos

· Alteração de comportamento

· Choro persistente em crianças

· Pressão arterial baixa, tontura

· Pele fria e pálida

· Diminuição da quantidade de urina

Cuidados a serem tomados com os casos de dengue

A hidratação deve ser feita com líquidos caseiros e soro caseiro* . Um adulto deve ingerir pelo menos 1 litro de soro caseiro e 2 a 3 litros de líquido.

Utilize antitérmicos conforme prescrição médica

Não use ácido acetilsalicílico ou antiinflamatórios não hormonais

Procure atendimento médico imediato caso apresente sinais de alarme ou desaparecimento abrupto da febre.

*1 litro de água filtrada, mineral ou fervida (fria), uma colher de chá de sal e uma colher de sopa (rasa) de açúcar.

Como ocorre a transmissão?

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus (ambos da família dos pernilongos) infectados com o vírus transmissor da doença.

Nos seres humanos, o vírus permanece em incubação durante um período que pode durar de 3 a 15 dias. Só após esta etapa, é que os sintomas da dengue podem ser percebidos.

Características de Diagnóstico Clínico

GRUPO A: Síndrome febril aguda ou síndrome febril exantemática aguda (quadro febril agudo acompanhado apenas de sinais e sintomas inespecíficos);

GRUPO B: Síndrome febril hemorrágica aguda (quadro febril agudo acompanhado de manifestações hemorrágicas induzidas ou espontâneas);

GRUPO C: Síndrome febril indiferenciada aguda ou síndrome febril hemorrágica aguda com sinais de alerta (quadro febril agudo, com ou sem manifestações hemorrágicas, acompanhado de pelo menos um dos sinais de alerta);

GRUPO D: Síndrome febril indiferenciada aguda ou síndrome febril hemorrágica aguda com sinais de choque (quadro febril agudo, com ou sem manifestações hemorrágicas, acompanhado de sinais de falência circulatória, como hipotensão, pulso débil, taquisfigmia, taquicardia, taquipnéia, sudorese fria, oligúria ou desorientação).

Ciclo da Dengue e Ações Preventivas:
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